30 dias sem aquele que me fez GREMISTA!

O dia ontem foi um pouco triste. Completavam-se 30 dias sem meu pai. O responsável por eu ser Gremista desde pequenininha, por estar sentada escrevendo para falar de Grêmio, de futebol…

Meu pensamento era único: por ele temos que ganhar. Nosso último jogo juntos foi o Gre-nal. Ouvimos no rádio, dentro do hospital, com o manto sagrado no travesseiro perto da cabeça dele. No fim do jogo, que deu empate, ele demostrou toda preocupação e insatisfação pelo 13^o lugar na tabela e disse : “mas tá uma m…esse Grêmio”. E eu ali, feliz que ao menos não tinha perdido, o que seria muito ruim. Dias depois perdi meu incentivador. Perdi quem me mandava mensagem nos dias de jogos. Quem me deu a bandeira que era da mãe dele, tão Gremista quanto a gente, por ter virado dos filhos dele a mais doente pelo TRICOLOR. Por isso a cada jogo, mais do que nunca, estou com ele no pensamento e ontem não foi diferente.

Voltemos ao jogo, às quartas de final do Gauchão. O jogo estava feio, meio campo não ia bem e o ataque sem levar muito perigo. Para piorar, o Nóia abre o placar. Na primeira fase já havia sido difícil pegar o NH do técnico Roger. O ex-lateral havia montado muito bem a sua equipe e o Grêmio ganhou na casa deles de 1×0, com muito esforço. Ontem vimos o filme se repetir na Arena: enfrentamos um time bem armado, enquanto errávamos passes. Melhoramos no segundo tempo com as alterações e depois da expulsão de um deles. O que não é bom, já que temos que nos impor de 11 pra 11.

Na pressão e com a torcida empurrando, só deu para empater e não impedimos os pênaltis. Douglas já havia perdido uma cobrança no tempo normal, coisa que com certeza fica lá na cabeça do batedor… e no coração do torcedor! Como de costume saí da sala. Não vejo cobrança de pênaltis. E o pensamento seguia o mesmo: hoje temos que ganhar, a classificação precisa vir.