04.05.2015
Postado por Raisa Rocha
O Grêmio entrou pra empatar. O Inter entrou pra ganhar. Assim se resume a final do Gauchão 2015, simplesmente.
Com dois minutos de jogo eu já pensava: “eles tão mordendo na saída de bola e vai ser difícil hoje”. E foi exatamente aí que perdemos o jogo: marcação de pressão, eles roubando todas as bolas, Erazo, Felipe Bastos e Matías dormindo e vendo os macacos correndo pra tudo que era lado… Aos 18’ já estava 2×0.
E o pior: esse time de merda não tem estrutura pra virar esse jogo, nem técnica, nem psicológica. Não tem gremismo nesses fdp, mas aí é outra discussão… Dali em em diante foi olhar pra cima, cantar bem alto, chutar as cadeiras do bar e rezar pra não perder a final de goleada, por dois anos consecutivos.
O jogo do Grêmio é pragmático, é lento. É de toquinho na frente da área, é um jogo curto e previsível demais, é um jogo burro que não estava mais dando certo com os timinhos e, obviamente, deu errado na final. MERDA!
Já o Inter, conseguiu ao mesmo tempo se defender bem, sem dar espaço nenhum, atacar e criar contra ataques mortais. Se num minuto estavam todos fechados, sem chance nenhuma pros toques burros do ataque do Grêmio, no segundo seguinte estavam todos no ataque, matando o lance e o gremista de ódio!
Foi quando um gol IMORTAL saiu no último lance do primeiro tempo. Foi o “gol da esperança” como alguns me disseram. Era o gol do “tamo vivo”, do “o empate é nosso!”.
2×1 e na volta do intervalo o jogo mudou. O Grêmio mudou. Conseguiu jogar mais junto, tocar a bola (coisa que não vi acontecer no primeiro tempo, tamanha a fome de bola dos vermelhinhos). Mamute entrou e, como sempre, mudou o jogo. Ele se movimenta, chama a responsa, vai pra cima, não tem medo de ter a bola, dribla, faz o diferente.
O segundo tempo foi mais nosso, mas não o suficiente. Talvez, se tivéssemos imposto nosso jogo (chato) no primeiro tempo tivéssemos ganho. Talvez. Mas quem impôs o ritmo foi o inter e o jeito de jogar deles é de fazer gol, o nosso não.
Infelizmente é assim, nosso estilo de jogo pode até ser de domínio de bola, mas nunca de pressão. Falta criatividade e velocidade. É só comparar Sasha, Nilmar, Valdívia e D’alessandro com Maicon, Douglas, Luan e Giuliano… não precisa dizer mais nada. Giuliano pra mim é o único que se salva, o único que pode surpreender e mudar o jogo. O resto, é resto.
Vamos lá, juntar os cacos que domingo tem jogo e eu estarei na Arena. E na Arena eu nunca perdi!