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25.04.2016

Postado por Raisa Rocha

Como lidar com a eliminação

Grêmio 3×1 Juventude – Semifinal do Campeonato Gaúcho 2016

Esse era o Gauchão mais na mão dos últimos tempos. Todo gremista queria. A eliminação é injusta, o futebol imita a vida e a decepção é inevitável. O Grêmio sai da competição com uma vitória em casa e deixa pelo caminho a melhor campanha. Pelo caminho fica, mais uma vez, mais uma chance de ser campeão.

Caiu a lágrima. E mal temos tempo pra sofrer. Quarta-feira tem mais.

O que fica é o resultado de vitória, a tentativa, a bravura, o bom jogo do Grêmio. Que fique também a lição. O mau jogo em Caxias e o castigo de hoje pelo doloroso e único chute do Roberson, que entrou.

O que fica é saber que hoje temos um ataque que faz gol, um time que chuta e acerta de fora da área e que claramente tem muito a evoluir nessa temporada.

O que fica é a certeza de qual é problema do Grêmio e a urgência de uma atitude sobre nossa defesa.

O que fica é acreditar que esse grupo (já junto há um ano) vem se fortalecendo, tá fechado e vai ter condições de em três dias virar a página e transformar em inspiração essa queda.

É a torcida do Grêmio, a do aplauso no final. Uma torcida que na quarta precisará se superar, assim como nossos jogadores, lotar a Arena e empurrar o Grêmio no primeiro jogo contra o Rosario Central.

Acima de tudo, o que fica é a Copa Libertadores da América, que agora terá nossa máxima força e concentração, pelo menos até o começo do Campeonato Brasileiro no meio de maio.

Ficamos no caminho, mais uma vez. Difícil não temer o fantasma que nos persegue há anos. Difícil é não pensar que tudo vai se repetir outra vez.

Mas esse é um dos melhores Grêmio dos últimos tempos. Jogadores identificados, base forte, algum indignamento, bom futebol, diretoria séria e uma comissão técnica de muito valor.

Ficam o Wallace, cada vez melhor; o Giuliano, decisivo e fundamental; o Douglas, essencial pra esse time rodar;  Ramiro, o pequeno gigante; o Miller que voltou, tem estrela e vai ser o diferencial esse ano; o Luan, que tem jogado mais longe do gol mas é um dos pilares desse time; o Geromel, o melhor zagueiro do país atualmente; o Grohe, milagreiro e salvador; o Lincoln, a promessa.

E se derrotas formam caráter, derrotas, amigos, não nos faltam… Prefiro acreditar que esse tombo nos deixará mais fortes. Comparando essa eliminação pelo Juventude com a do Fluminense, na última Copa do Brasil, hoje o time do Grêmio é muito mais disposto e corajoso em campo. Foi por detalhe. Por um gol, por um gol que não fizemos, por um gol maldito que tomamos.

E quarta, já na quarta, já daqui há pouco, começa tudo de novo. Fica a frase do Baltazar, de “que Deus está reservando algo melhor para o Grêmio”.

Grêmio, contigo na boa e na ruim muito mais!

Foto: Ducker

 

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