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13.06.2016

Postado por Raisa Rocha

Mágoa em verde, amarelo e sete a um

Brasil 0x1 Peru – Copa América Centenário 2016

Eliminado

Vexame

O 7×1 não tem fim

Se entre as seleções houvesse alguma espécie de rebaixamento, lá estaria o Brasil. O penta campeão mundial, de históricos craques, que inventou muito do futebol, de façanhas, de conquistas memoráveis, da malemolência, que botava medo no mais forte escrete do velho mundo e do mundo inteiro. É, ele mesmo, que aqui jaz. Rebaixado.

Reprodução

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Eu dou risada. Eu até desejei por isso. Desejei não, torci. Confesso, torci por mais uma eliminação do Brasil. Torci, torci mesmo. E continuarei torcendo por mais fracassos, na estúpida esperança de que isso valha de alguma coisa.

Por quê?

Porque o Grêmio, o Santos, o São Paulo e o Atlético-Mg precisam muito mais dos seus jogadores do que a CBF.

Porque o Dunga é além do fraco, é um não técnico.

Porque pela primeira vez na história das Copas do Mundo o Brasil vai ficar de fora (escreve o que eu tou dizendo…).

Porque essa escória de terno que representa o legado penta campeão merece ser exterminada. Mas vai continuar no mesmo lugar, com os mesmos patrocinadores, “parceiros” e a mesma conta bancária.

Getty Images

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E os que vestem a camisa amarela, esses então… deveriam ver o vídeo do Suárez, igualmente eliminado mas com sangue nas veias. Antes jogadores canibais, desonestos, maloqueiros e vagabundos do que essas amebas que tem um corte de cabelo pra cada jogo… E bom, preconizo que em breve vai ter jogador dizendo NÃO pras convocações. Porque o 7×1 tá aí, e vai continuar por longos anos, décadas quem sabe.

Mas, reconheço, tudo isso é rancor meu. É um sofrimento reprimido. Orgulho ferido, simplesmente.
Olha o que eles fizeram! Olha em que frangalhos anda o futebol brasileiro. E esse trabalho sujo tá longe de terminar, é a mesma lógica que vem matando o futebol nacional na sua essência a cada jogo do Campeonato Brasileiro com menos de 5 mil pessoas no estádio.

O pior não é tomar 7×1 da Alemanha em casa. O pior não é ser eliminado pelo Paraguai. Ou pelo Peru. O pior é que, simplesmente, nada vai mudar. E não vou me surpreender se o dunga continuar…

Getty Images

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E não adianta chorar que foi gol de mão, ia cair de qualquer jeito. Um time que só vence do vão Haiti, que em três jogos só consegue fazer gol nesse país ilha não merece nada mais do que ser e-li-mi-na-do.

Não me surpreende que a camisa amarela tenha se transformado em uniforme de paneleiro.

AFP Photo/Thimoty A. Clary

AFP Photo/Thimoty A. Clary

Desvalorizada, desconectada do seu peso histórico, a alma da canarinho sangra a cada cidadão massa de manobra iludido que a veste ingenuamente achando que está fazendo um grande serviço ao seu país. É o uso perfeito pra quem nada entende de nada. Nem de futebol, nem de bosta nenhuma.

É a minha teoria maior se comprovando, a de que o futebol é reflexo social. A cada convocação, a cada pedalada da confederação nacional, a cada gol (que tomamos ou que deixamos de fazer), a cada novo fiasco.

O futebol é patrimônio da cultura brasileira. E não me admira que tanto a derrocada futebolística quando a política e social estejam diretamente ligadas ao monopólio psicológico da Rede Globo. Mas eu não vou, não hoje, me ater a maiores comentários sobre esse tema…

AFP Photo/Timothy A. Clary

AFP Photo/Timothy A. Clary

Vou seguir minha luta. Entre morrer de rir ou de raiva. Entre pensar que eu sabia ou que eu não consigo acreditar. Entre revezar se sofro pelo futebol ou pela política ou pela sociedade brasileira. Entre olhar pra cara de bunda do Dunga ou torcer pra que voltem pra casa Marcelo Grohe, Douglas Santos, Rodrigo Caio, Elias, Ganso, Lucas Lima, Walace e Gabriel.

 

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