VOLTAR

,

12.08.2016

Postado por Arquivo

O milagre de Salvador

Brasil 4×0 Dinamarca – Futebol Masculino Olimpíadas Rio 2016

Alivio! É tudo o que eu, amante da Seleção, tive ontem. Estava nervosa, ansiosa e já sem unhas. Coração disparado e não achava um só brasileiro que compartilhasse do mesmo sentimento. Mas com uma só esperança: tudo dará certo hoje.

Em meu nobre devaneio já acreditava (e até postava nas redes sociais) em goleada. E ainda mais, acreditava que minha esperança no Ouro fosse acesa outra vez. Iludida ou não, a esperança, pelo menos pra mim, renasceu das cinzas, juntamente com seleção e com um Neymar coletivo.

Começamos a partida com um sistema tático muito ofensivo. Era um 4-2-4 que refletia de fato o desespero chamado GOL ! O Brasil bombardeava a Dinamarca, mas a bola não entrava. Já começava a pensar em combinações de resultados para o Brasil passar.

Até que em um cruzamento perfeito de Douglas Santos, Gabigol empurra a bola para o para o fundo da rede. O grito de gol, alto e forte, que arranhava minha garganta reacendia a luz no fim do túnel.

Começava ali o milagre em Salvador.

A multiplicação dos gols que transformava a Seleção da água pro vinho continuou com um cruzamento sensacional de Luan para Jesus, que só teve o trabalho de estar bem posicionado para empurrar para as redes. E o choro do garoto foi de emocionar qualquer um.

Se não bastasse, a dupla do jogo merecia um lance apenas seu. Passe de Douglas Santos para Luan, que rendia o goleiro dinamarquês (junto com os cornetas). E para fechar, Gabigol pega a sobra de uma bola rebatida na área e sela o placar.

F.D./Reuters

F.D./Reuters

Destaque também para Neymar, que colocou a bola no chão (como um capitão), soube tocar e distribuir o jogo com qualidade em campo.

Luan, que funcionou como um meia de ligação ofensivo, era exatamente o que faltava para esse time dar certo. Contou com a ajuda do lateral Douglas, que fez uma bela partida e participou efetivamente em dois lances de gols.

Lucas Figueiredo/MoWa Press

Lucas Figueiredo/MoWa Press

A garotada jogou com vontade. Sentiu o peso da camisa, representou e honrou nossa amarelinha e é justamente isso o que queremos daqui pra frente; dedicação, entrega e raça.

O jogo acabou com Neymar abraçando Micale, com a Bahia gritando “Olé” e cantando “o campeão voltou”. E claro, comigo soltando aos berros que sempre acreditei que o Brasil poderia jogar ontem tudo o que não havia jogado.

Seguimos com força total na busca pelo Ouro inédito. O próximo adversário é a Colômbia. E quero de fato encontrar a Alemanha.

Masculino 003 - 1

Eduardo Anizelli/Folhapress

 

Ler mais da Bruna Pires

Ler mais da Seleção Brasileira

A Bola que Pariu