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27.10.2016

Postado por Patrícia Muniz

Porque sempre tão sofrido, Galo?

Internacional 1×2 Atlético-MG – Semifinal Copa do Brasil 2016

Beira Rio, Porto Alegre, 2 minutos de jogo: gol do Galo. Quem estava assistindo aos primeiros minutos de jogo, certamente, apostou alto que sairíamos logo do primeiro tempo com o placar largo, sem dificuldades. Mas quem disse que existe jogo fácil para o Atlético Mineiro?

Bruno Cantini

Um primeiro tempo apertado, com muita pressão do time colorado e muitos erros por parte do Galo. Apesar dos três volantes a marcação não funcionou muito bem. Como esperado, o nosso meio campo não conseguiu fazer uma boa ligação com o ataque, forçando nossos delanteros a voltarem para buscar a bola e perdendo oportunidades de contra-ataque.

No segundo tempo o time gaúcho estava nos sufocando até que no erro absurdo do Fábio Santos tiveram a oportunidade: pênalti. Cavado, mas pênalti. O juiz já estava ansioso pra isso, mas pênalti. Não é surpresa para nós, atleticanos, que o Galo gosta de complicar, gosta de nos fazer sentir o coração palpitar, chorar, ajoelhar e implorar para o time se encontrar em campo. Os outros torcedores podem até se horrorizar diante de tanto sofrimento, mas nós sabemos: se não for assim, não é o Galo.

O atleticano escolheu sofrer. Escolheu o time da mística, o time do ‘eu acredito’, o time do gol (ou da defesa de pênalti) nos últimos minutos do segundo tempo. Nós escolhemos a angústia mesmo, aquele aperto no peito em cada bola parada, em cada milagre de São Victor ou ainda em cada contra-ataque. A habilidade do Cazares ao dominar aquela bola e a frieza da jogada que culminou no gol fizeram a respiração parar e o olhar nervoso para a TV durou uma eternidade até que pudéssemos soltar o grito de gol da garganta.

Bruno Cantini

E, se após essa partida espetacular do Victor, com defesas memoráveis, os colorados estiverem surpresos com a grandiosidade do nosso goleiro, eu vos digo: aqui é Galo! O Victor tem em suas veias o sangue alvinegro e cresce, tal como o herói que é, sempre que estamos em apuros. E não ficaria espantada se o pênalti fosse defendido, porque esse herói é capaz de subverter a ordem natural das coisas, alcançar a bola mais indefensável e realizar milagres, tendo a adrenalina necessária para honrar o manto sagrado que veste. É uma lenda com a camisa número 1 alvinegra.

Quarta-feira que vem a decisão é no Horto: pés no chão, Galo, e não nos mate do coração novamente. A massa vai estar lá, como sempre ao seu lado, jogando junto com você. Eu acredito, Galo!

 

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