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Futebol Feminino,

26.10.2016

Postado por admin

Dá Bola Pra Elas – Assine pelo Futebol Feminino

A Bola Que Pariu lançou a Campanha #DáBolaPraElas, onde pedimos ações em prol do futebol feminino nos campos da Profissionalização, Categorias de Base, Calendário e Mídia.

Abaixo o link para o nosso abaixo-assinado e também nosso manifesto. Vamos fazer barulho, vem com a gente, é a hora e a vez, Dá Bola Pra Elas.

Quero assinar o abaixo-assinado!

Durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 a população brasileira abraçou a Seleção Feminina de Futebol, que mesmo sob administração precária há alguns anos acumula bons resultados. Com mais apoio, maiores serão as possibilidades de conquistas. Sendo assim, elaboramos este manifesto para que o reconhecimento não seja passageiro como são as Olimpíadas. O momento é singular e pede ação, mudanças.

A Bola que Pariu é um veículo independente onde torcedoras apaixonadas têm a rara oportunidade de mostrar que sim, futebol também é coisa de mulher. Agora, convidamos a nação do futebol a unir-se conosco nessa luta por mudanças reais no panorama nacional. Para isso lançamos a campanha#DáBolaPraElas, porque acreditamos que temos bola no pé e que o Brasil também pode ser o País do Futebol Feminino.

A ideia é quebrar os (pré)conceitos com a modalidade, gerar maiores investimentos, mais qualidade, visibilidade perante a mídia e, claro, aproximar a torcida, peça motriz do futebol. Nossas pedidas abordam as seguintes esferas:

PROFISSIONALIZAÇÃO
CATEGORIAS DE BASE
CALENDÁRIO
MÍDIA

PROFISSIONALIZAÇÃO

Regularização da atividade via contratos formais e CLT assegurando direitos trabalhistas ao exercício da profissão, tais como convênio médico, alimentação e transporte. Poucos sabem, mas a maioria das jogadoras de futebol no Brasil não têm sequer contrato assinado com seus clubes, inclusive quando se trata da Seleção (gerida pela CBF) o que rege as relações de trabalho são os chamados “contratos de boca”. A maior parte dos clubes da primeira divisão remuneram suas atletas com quantias inferiores a um salário mínimo e sem qualquer ajuda de custo para treinamentos. Num esporte de contato e grande esforço físico, as jogadoras “profissionais”; trabalham sem convênio médico, acompanhamento de nutricionistas ou fisioterapeutas e uma simples lesão pode significar o fim da carreira, visto que a própria deve buscar e pagar pelo tratamento.

CATEGORIAS DE BASE

Incentivo a criação e manutenção de categorias de base, escolinhas de futebol para meninas e centros de treinamento adequados nos clubes federados de Futebol Feminino. A realidade ainda é de jogadoras vindas de universos amadores para integrar os clubes, com pouca ou nenhuma base em fundamentos básicos do futebol. Sugerimos maior diálogo com os Ministérios do Esporte e da Educação apoiado num melhor aproveitamento da disciplina de Educação Física. Paralelamente, é urgente um calendário para essas categorias, acompanhamento psicológico e social, assim como trabalho de conscientização quanto à realidade e dificuldades da profissão.

CALENDÁRIO

Para além de mais datas, exigimos a fiscalização das condições em que as competições se realizam e um real envolvimento da CBF, que só dá a chancela para as competições enquanto a organização é “terceirizada”. No âmbito profissional, os principais torneios (Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil) não têm data fixa para acontecerem a cada temporada e, devido ao regulamento, para alguns clubes as atividades podem durar apenas duas partidas, resultando em total falta de prática (sejam treinamentos ou competições) pela maior parte do ano. O Campeonato Brasileiro, por exemplo, tem duração de pouco mais de um mês. Não raramente equipes desistem das competições por ausência de aporte financeiro para as viagens, atletas passam mal devido aos fatores climáticos somados aos horários das partidas, além de más condições de gramado e infraestrutura.

MÍDIA

Mais do que transmitir jogos, o universo do futebol feminino precisa ser coberto. As mídias alternativas exercem papel fundamental na valorização e propagação desse universo, visto que é nela que estão os maiores interessados e conhecedores do esporte e porque a grande mídia ainda se esquiva do tema. A mudança cultural que a modalidade necessita passa pelo conhecimento do público da mesma. O maior argumento para o não investimento é a falta de retorno financeiro aos patrocinadores. Ademais, garantem que o público não se interessa pela prática deste esporte por mulheres. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram uma prova incontestável de que há o interesse por parte do público. Como um produto poderia se tornar interessante sem a sua divulgação? Pela primeira vez na história são comercializadas camisas com nomes de jogadoras. O consumo do futebol é cultural e o futebol feminino precisa ter espaço no dia-a- dia do brasileiro, para isso é necessário um esforço dos clubes em marketing e mudança de conceitos na grande mídia.

O diagnóstico parece não ser dos mais animadores, mas há no Brasil um futebol feminino que acontece e que funciona. Do amador ao profissional, existem clubes dedicados a transformar essa realidade, mesmo com todas as dificuldades expostas. Temos a certeza de que com vontade e esforços o panorama pode mudar. A ajuda de todos para não deixar a bola cair é fundamental. Com as assinaturas teremos forças para dialogar com os responsáveis e fortalecer as relações com coletivos, clubes, federações, atletas e novas mídias. Buscaremos o poder legislativo para que novas leis sejam criadas. Assim, começaremos a transformar o ciclo vicioso da falta de interesse, falta de investimentos, falta de qualidade e precariedade.

As transformações que queremos são muito possíveis com profissionais competentes e realmente interessados na modalidade. Assinem, compartilhem, enviem seus depoimentos, essa é a hora de transformar o Futebol Feminino,#DáBolaPraElas!

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