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16.02.2017

Postado por Pamela Souza

Às vezes é preciso

Santos 1×3 São Paulo – Campeonato Paulista 2017

Pode parecer discurso de quem não aceita perder ou age com soberba nessa hora.

Perdemos no momento em que é permitido perder. Obviamente ninguém gosta, mas em certos momentos é necessário para que o time coloque os pés no chão e trabalhe mais para ter excelência dentro de campo.

Alexandre Schneider

Alexandre Schneider

Durante a semana tivemos um burburinho de que a demissão de um gerente de futebol teria causado “revolta” nos jogadores. Sejamos sinceros, jogador é pago para jogar e acabou. Se foi avaliado que o cara tinha que sair, não tem que causar tumulto por isso.

Diretoria dirige o clube (nem sempre corretamente, mas…) e jogador entra em campo, não deve haver inversão de papéis. Cada um precisa saber qual é o seu lugar.

Voltando… Domingo, às 11h da matina, um sol do sertão para cada um, enfrentamos o RedBull Brasil, teoricamente seria um jogo fácil. Seria! O Santos começou melhor mas, como sempre, demos aquela relaxada de pelada de final de semana com os amigos. Claro que o calor que fazia naquele momento não colaborou para que o futebol arte aparecesse, nem os jogadores. A Federação Paulista deveria rever essa palhaçada de jogo pela manhã durante o verão.

Somos o único time da Série A com técnico há mais de um ano e meio e também mantendo a base de 2016, além de realizar algumas contratações, o que deveria refletir no campo. A falta de Renatinho – meu amor – dentro de campo é absurda. Ele conduz com maestria nosso meio, cada passe é um espetáculo à parte, porém, nos últimos jogos não tivemos essa qualidade, o que dificulta o início das jogadas quando partimos de nosso campo de defesa, já que sempre parece que falta algo.

Ivan Storti

Ivan Storti

Lucas Lima, este é um capítulo à parte.

Tem dia que joga, tem dia que não tá afim, aparece aqui e ali, com o jogo empatado em 1×1 perde uma bola no centro do campo, pega todo mundo desarmado e abre espaço pra reação do “saco de pancadas” dos paulistas em clássico. Confesso que até achava o Santos melhor naquele momento, mas é impressionante como o time se perde quando toma uma virada. Dorival precisa ser mais enérgico. É um clássico, porra! Entre em campo se for preciso. O narigudo não parou.

Quero ver em campo jogadores que honrem a camisa do peixão e não fiquem pensando na janela do meio do ano para vazar. Se não for pra somar, some. Não tenho jogador de estimação (Renatinho está acima de qualquer um desses, então não conta) quero mais é que “não jogou, fica de frescura?” vá amargar um banco e pensar um pouco. Aprender na marra a se comportar, como uma crianças birrentas que colocamos de castigo, para ensinar a ser gente. Tem que entender: a maior estrela é o Santos e não qualquer Zé, que se ache mais importante do que o clube.

E que tirem uma lição dessa derrota: é preciso entrar campo e estar lá, não apenas aparecer na escalação. Salto alto só funciona em passarela, para modelos, jogador tem que ser humilde e entender que nenhum retrospecto conta, cada jogo é um jogo.

Sábado, às 19h30, teremos um novo encontro com o Glorioso, contra a Ferroviária. Espero que todos estejam dispostos à jogar nessa bagaça.

Pra cima deles, Santos!

 

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