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16.04.2017

Postado por Raisa Rocha

Falta um jogo para a final

Grêmio 1×1 Novo Hamburgo – Semifinal do Campeonato Gaúcho 2017

Sem climão, gremistas. Ficamos mal-acostumados rápido, não? A final do Campeonato Gaúcho continua ao nosso alcance, como sempre esteve, mesmo com o empate em casa no jogo de ida.

É impossível atuar em alto nível sempre. Todos estávamos devidamente avisados da sequência que pode atingir 9 jogos decisivos em poucas semanas. Neste domingo, recém na terceira partida da série, tivemos a pior apresentação desde que o time titular se encontrou. O Novo Hamburgo foi também o melhor adversário que enfrentamos em tempos, é o melhor time do campeonato em números.

Carlos Macedo/Ag. RBS

Carlos Macedo/Ag. RBS

A verdade é que o confronto foi ruim no quesito futebol desde o princípio. Jogo fechado, de muitas trombadas, bola pipocando no ar, erros de passes e espanadas por conta das marcações apertadas. O juiz, insuficiente pro peso da partida, mas sem interferir no resultado.

Eram quase 10’ de jogo quando pela primeira vez o Grêmio chegou, em finalização de fora da área do Pedro Rocha. O Novo Hamburgo ocupava bem a intermediária, dificultando muito a troca de passes em curto espaço, característica do tricolor. Luan se movimentou muito, sempre pedindo o jogo, hoje mais centralizado. Miller esteve apagado, mais ainda do que na terça contra o Iquique. Pedro Rocha foi ativo, driblante como sempre, é preciso reconhecer a qualidade do jogador, que padece por ser tão deficiente nas finalizações.

O tricolor tentava forçar no campo adversário, indícios apontavam prum jogo de ataque contra defesa, mas o fato é que já eram 20’ de jogo sem o Grêmio conseguir encontrar por onde penetrar na defesa. Maicon e Ramiro tentavam acelerar com passes, enfiadas e lançamentos. Léo Moura surgiu até pela esquerda na tentativa de encontrar os espaços que o Noia não dava.

Carlos Macedo/Ag. RBS

Carlos Macedo/Ag. RBS

Placar zerado e o segundo tempo começara parecendo ainda mais difícil de ser jogado. O time anilado seguia encurtando. Foi quando o grito saiu da garganta após jogada individual de Marcelo Oliveira. O lateral esquerdo chamou dois marcadores pra dançar quase na pequena área e cruzou de perna direita encontrando o gigante Ramiro, um dos meus destaques, pra abrir o placar com um carrinho na bola. Não eram ainda 3 minutos, excelente momento.

Tivemos a impressão de que o jogo iria se desamarrar e que a vantagem seria ampliada. Luan seguia impossível, o melhor em campo, o jogador mais importante do tricolor há tempos. A movimentação parecia destravar. Porém, de forma inesperada, uma bola sobrou na entrada da área pra Juninho pegar de primeira. Uma bucha que passou longe das mãos de Grohe, aos 11’ de jogo. O empate dava novos ares à partida.

Nosso matador equatoriano esteve longe dos dias de grande explosão física e técnica, quando corre o campo inteiro enlouquecendo gremistas e adversários. Talvez seja o problema muscular que o ameaçou de não jogar. A verdade é que era ele quem deveria ter saído para entrar Barrios, mas Renato preferiu tirar Léo Moura. A substituição fez mal ao time, que já estava no baque do empate. Perdemos força no meio e o Novo Hamburgo teve espaços pra atacar e assustar.

Carlos Macedo/Ag. RBS

Carlos Macedo/Ag. RBS

Apesar dos gols, o jogo pouco mudou e permaneceu lento e ruim. O Grêmio meio que jogava de qualquer jeito, buscava forçar sem criatividade, distante e desorganizado. Perto dos 40’, QUASE a virada após lance em dois tempos, com bola na trave e gol aberto no rebote, que foi longe da meta de Grohe. Ufa!

Além de Ramiro, Léo Moura e Luan, destaque também para Edílson. Valente, guerreiro, vigoroso em campo, no ataque e na defesa.

Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Lucas Uebel/Grêmio FBPA

O máximo possível nesta tarde de chuva foi um empate em casa. O gol marcado pelo time do Vale dos Sinos é perigoso, dá a eles a vantagem de um 0x0 para chegar à final. A minha opinião não mudou, eu confio plenamente na qualidade do time do Grêmio pra buscar esta classificação. As dificuldades em plena semifinal não deveriam ser surpresa tão grande assim, futebol é feito de dois times em luta pela vitória. Maior medo tenho pela logística da próxima semana.

Agora é a hora de quem está fora de campo ganhar o jogo. E não me refiro à torcida, mas sim a todo o corpo diretivo do tricolor. Antes de domingo, no jogo de volta no Estádio do Vale, quinta-feira tem parada no Paraguai pela Libertadores. O jogo contra o Guaraní pode praticamente garantir uma classificação às oitavas, mas ainda teremos outros três confrontos pela Copa até o final de maio.

Nem cansaço, nem erro de planejamento, nem lesões ou apagão. É a hora de ser Grêmio, de botar a bola no chão, se superar em campo e correr um pelo outro. Pra ganhar, tem que jogar mais do que jogamos hoje. A sequência é dura e pior ainda para eles, que têm o Rei de Copas pela frente.

Para te ver campeão, para te ver ganhar!

 

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