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01.05.2017

Postado por Marina de Mattos Dantas

A final da paciência

Cruzeiro 0x0 Atlético – Final do Campeonato Mineiro 2017

Domingo passado teve início a quadragésima quarta final entre o Galo e a Raposa¹. Coincidentemente, a chance do quadragésimo quarto título atleticano!

Uma final de campeonato com apenas 40 mil presentes, em um estádio com a magnitude do Mineirão, é triste. Jogar de visitante na Pampulha não é nada fácil para quem está na arquibancada, mas os pouco mais de 4 mil atleticanos estavam lá para marcar presença (torcida dividida, saudades!).

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O Galo fez uma escolha perigosa de administrar o jogo no próprio campo (a palavra certa não seria bem escolha, mas vamos com ela). Ainda assim, o jogo contou com alguns lances interessantes.

No primeiro tempo, o time rival veio para cima, pressionando muito, mas sem oferecer muitos perigos reais. A equipe apostou muito nos chutes de fora da área (que não deram certo), sem oferecer muito perigo ao Victor.

Ainda na primeira parte da partida, Fábio Santos acertou um lançamento, que resvalou em Fred, e quase que o goleiro Rafael deixa a bola passar. Mas, infelizmente, nosso atacante não conseguiu ser mais rápido. Fábio Santos e Fred pareceram querer entrar em sintonia nesse jogo, mas as finalizações foram infelizes.

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Victor, por sua vez, passou aperto (algumas vezes) com Arrascaeta (e também com Ábila e Sóbis) que ignorou o apito do árbitro, sinalizando a falta do atacante no goleiro, e fez seu gol inválido.

No segundo tempo, Marlone e Marcos Rocha deixaram a bola no jeito para Elias, que chutou mal, ela saiu pela linha de fundo sem oferecer maiores problemas para o goleiro Rafael.

Parece absurdo destacar Maicosuel em um time que tem Robinho, Fred e Rafael Moura, mas acho ele importante nessa equipe. De maneira geral, o Galo não se arriscou muito. Maicosuel e Otero tentaram fazer essa (difícil) ligação entre o meio de campo e o ataque, mas o jogo, mais uma vez, parou na movimentação na horizontalidade do campo, sem fôlego para o ataque.

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É bem verdade que a torcida anda impaciente com o time. Eu diria, até mesmo, que o técnico Roger (um dos maiores corneteiros desse time, risos) anda meio assim. No entanto, o papel de ter paciência (fora de campo) é dele. Os resultados andam demorando a aparecer, mas, até o momento, isso não tem prejudicado substancialmente o Galo.

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O Atlético jogou com o regulamento debaixo do braço, como dizem por aí, empurrando, sabiamente, a responsabilidade para o jogo no Horto semana que vem. Outro empate já será o suficiente, mas clássico é clássico e queremos ver a rede do rival balançar mais vezes!

¹Considerando as finais entre Atlético e Palestra Itália e Atlético e Cruzeiro, desde a primeira, em 1928.

 

Fotos de Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

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