Fogo e água fria

Botafogo 1×1 Atlético Mineiro – R12 Campeonato Brasileiro 2017

Nesse domingo o Galo foi ao estádio Nilton Santos em busca de uma importante vitória que poderia colocá-lo no G6 – o grupo ampliado da Libertadores. Mas, novamente, tivemos que nos contentar com um empate evitável.

A volta de Marcos Rocha pareceu transmitir confiança à defesa atleticana, que contou com a jovem dupla Bremer e Matheus Mancini na zaga. Apesar de chegar na área, o Botafogo encontrava dificuldades para finalizar, possibilitando ao Galo alguns bons desarmes e contra-ataques. Assim, aos 22 minutos do primeiro tempo, Marlone arriscou de fora da área, a bola desviou no zagueiro Emerson Silva, tirando o goleiro Jefferson de ação e marcando o único gol atleticano da partida.

O Atlético ia levando no um a zero um jogo cheio de oportunidades e perigos para os dois lados. No segundo tempo, Rafael Moura tenta um cruzamento e consegue um pênalti meio estranho em um toque de braço de Emerson Silva (de novo ele). Jefferson se adiantou e foi na bola que He-Man bateu “entregando o canto” para o goleiro carioca.

Robinho e Yago tentaram algumas jogadas juntos, mas faltou originalidade para finalizar. Pesou um pouco a falta de confiança de Yago nos chutes, mas, em teoria, essa seria a função de Robinho ou Rafael Moura. O Botafogo ganhava moral a cada defesa de Jefferson, mas quem oferecia perigo era o Atlético.

Aos 19 minutos, Rafael Moura saiu para a entrada de Fred (muito mal aproveitado no jogo, por sinal). Logo em seguida, Cazares entra no lugar de Marlone e Adílson no lugar de Yago. O Galo continuava a oferecer perigo, mas não conseguia driblar a previsibilidade. Cazares perdeu um lindo gol aos 43 e, aos 45, Robinho deu outra bolada em Jefferson.

Os quatro minutos de acréscimo começaram muito longos e terminaram muito curtos para os atleticanos. Mancini contou que Bremer desarmaria Marcos Vinícius e acabou deixando o rapaz de cara a cara com Victor. O jovem zagueiro não teve outra opção a não ser fazer o pênalti. Victor ainda defendeu a cobrança, mas a bola voltou nos pés de Roger, que empatou o jogo aos 47 do segundo tempo. O Galo ainda brigou, mas era tarde.

Como bom goleiro que é, Jefferson só fez o feijão com arroz dele. Méritos de Jefferson nas defesas, mas também da falta de criatividade do ataque atleticano que, mesmo adiantado várias vezes à defesa botafoguense, não conseguiu surpreender o goleiro. Não foi dessa vez que avançamos na tabela e o Galo mantém seu desempenho de mediano a ruim com mais esse empate, mas ainda há tempo para alçar voos mais altos nesse campeonato.

Fotos Bruno Cantini/Atlético Mineiro

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