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17.08.2017

Postado por Jaqueliny Botelho

Em busca do tetra, Flamengo empata a primeira partida da semifinal

Botafogo 0x0 Flamengo – Semifinal da Copa do Brasil 2017

O rubro-negro carioca jogou os primeiros 90 minutos da semifinal da Copa do Brasil, no Estádio Nilton Santos. Em jogo muito disputado e de poucas oportunidades, resultou naquilo que creio que seja o mais comum desse clássico, o empate. Tão comum quanto as recentes rusgas entre os clubes, toda véspera de jogo é mesma história: ambas diretorias, nos bastidores, trocam farpas e ambas torcidas pagam pela queda de braço que parece não terminar nunca.

Para esse jogo, a situação já começou conflituosa quando a diretoria alvinegra decidiu que iria fornecer apenas 10% da carga dos ingressos para o rubro-negro. Sem falar que eles também levantaram a hipótese de torcida única e se recusaram a jogar no Maracanã.

Já na chegada do Flamengo, o time sofreu represálias. O ônibus que levava os atletas à partida foi apedrejado por torcedores botafoguenses. Em seguida, segundo relatos, a mando da diretoria os portões do estádio foram fechados, impedindo assim a entrada de torcedores flamenguistas com ingresso na mão e gerando mais um conflito. Já dentro do estádio, torcedores presentes relataram por meio das redes sociais que a torcida do Botafogo ao longo do jogo estava arremessando copos e pedras em direção à torcida rubro-negra.

Voltando para a partida, de modo positivo, com a chegada do Rueda e com o pouco tempo para conseguir treinar a equipe, foi notável a melhora no posicionamento da defesa. Principalmente com a cobertura do Cuéllar, que atuou muito bem e foi essa a principal alteração do novo comandante, trocando a dupla de volantes e optando por Cuéllar e William Arão e substituindo também os laterais, indo para o jogo com Renê e Rodinei. No meu ponto de vista, pecou na substituição do Berrío por Márcio Araújo e depois tirando o Vinícius Júnior, que tinha poucos minutos de jogo, para colocar o Thiago, após a expulsão do Muralha.

E aí vem outra parte do jogo, recorrente em muitas partidas, a da arbitragem. Em um lance em que Muralha sai para pegar a bola e acaba atingindo Carli, zagueiro do Botafogo, Anderson Daronco expulsa ambos e influencia diretamente no prosseguimento do jogo. Vi, revi e quis “desver” o lance para poupar meus olhos do absurdo do cartão vermelho sem motivos. E mais uma vez ressalto: a arbitragem brasileira não é privilégio para um ou outro time, é um prejuízo que irá em algum momento atingir a todos. São muitas falhas, é despreparada e vergonhosa.

As melhores chances foram as rubro-negras, como a bola na trave do Diego após cobrança de falta, a enfiada de bola do meia para Berrío e no lance em que o Gatito falhou no primeiro momento e não conseguimos aproveitar a oportunidade. Empate e decisão para o Maracanã, que terá a mesma carga de ingressos para o visitante numa atitude de revide, como vem sendo a relação dos clubes.

E por fim, na atitude mais triste e revoltante da noite, um torcedor do Botafogo foi detido após usar do racismo para ofender os familiares do jogador Vinícius Júnior, que estavam no camarote do estádio. Outro assunto recorrente, no gramado e fora dele. É revoltante e precisa ser combatido nas arquibancadas, dentro dos clubes, nas redes sociais e em todos os espaços possíveis. É hora de alavancar uma campanha contra esses atos e combater fortemente para que não se repita, é preciso de uma atitude firme e combativa.

gilvan de souza

Jogo de volta é dia de luta, não de guerra. Que a torcida presente consiga representar cada rubro-negro apaixonado em cada canto do país e faça uma festa linda e de resistência. Que a diretoria e jogadores não se calem diante dos inúmeros fatos do jogo de ida e não optem por revidar da mesma forma como fomos recebidos. E, finalmente, que sigamos o sonho do tetra, porque se tem uma coisa que não sai da cabeça é aquela velha e conhecida frase: “seremos campeões”.

Saudações rubro-negras!

 

Foto de Gilvan de Souza/Flamengo

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