VOLTAR

,

07.08.2017

Postado por Jaqueliny Botelho

Acima de tudo rubro-negro

Flamengo 0 x 2 Vitória – R19 Campeonato Brasileiro 2017

Última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro e o Flamengo foi a campo para emputecer a nação com mais um vexame. Esperei algumas horas para escrever o pós-jogo, justamente para absorver e tentar entender como chegamos nesse ponto.

Desde sempre sabemos que o Flamengo é maior do que tudo e todos, atletas vêm e vão, diretoria e comissão técnica igualmente e SOMENTE o Clube de Regatas do Flamengo e a sua história permanecem. Em cada canto desse mundo haverá um flamenguista empolgado almejando ver o rubro-negro carioca levantar a nação. Falo isso para enfatizar que estamos acompanhando essas desastrosas partidas pelo amor ao Flamengo.

O que aconteceu ontem, na Ilha do Urubu, foi mais do que vergonhoso. O que vêm acontecendo é de desanimar até o mais otimista rubro-negro. Não é aceitável que o Flamengo com os jogadores e cara folha de pagamento que possui não irá trazer bons frutos para a nação. É no mínimo curioso que esse elenco recheado de “craques” não consiga conquistar a confiança do torcedor.

André Durão/ Globoesporte.com

André Durão/ Globoesporte.com

O time já vinha de uma péssima sequência contra as equipes da parte de cima e na partida de ontem, conseguiu a incrível façanha de perder para o vice lanterna, em casa. Houve ocasiões em que falávamos, quando não faziam boas partidas, a seguinte frase: “Pelo menos jogou com raça”. Nesse Flamengo de ontem, nem isso.

E para a sustância rubro-negra, a raça é alimento fundamental, não cabe deixá-la de lado mesmo que os jogadores considerem que seus talentos individuais sejam suficientes. Relembro aqui a genial frase do nosso capitão do Hexa, Ronaldo Angelim: “Minha única vaidade é ver o Flamengo vencer”. E deveria ser assim com todos.

Finalmente e de forma tardia, o volante Márcio Araújo foi para o banco e aí se iniciou mais uma polêmica. Arão foi o escolhido para substitui-lo, sendo o único volante do time, e dos pés dele saiu a nossa rotineira falha que originou o primeiro gol do Vitória. Durante, e após o jogo, houve muita polêmica em relação a troca dos volantes e principalmente pela a escalação de apenas um volante.

Acredite se quiser, sobrou para a torcida, é claro. Comentários do tipo “não era a torcida que pedia a saída no Márcio Araújo? ” “Zé caiu na pilha da torcida e escalou errado”. Não sei se rio ou se choro, lembrando que no último jogo contra o Santos o Márcio Araújo também teve uma falha crucial. E isso não é para defender o Arão, errou e errou feio.

A partir do gol a partida desandou, o rubro-negro carioca criou pouco, muito pouco. A permanência do técnico já não era mais sustentável, na coletiva da derrota Zé deu indícios de que permaneceria no cargo. A diretoria não se pronunciou, mas o anúncio de demissão veio à noite.

Gilvan-Flamengo

Foto: Gilvan-Flamengo

Por muito tempo apoiei o Zé, primeiro por ser de casa e sabendo que para ter êxito no Flamengo os profissionais precisam conhecer o mínimo da história do clube, ser ao menos 99,9% apaixonado e respeitar a imensa torcida rubro-negra. Isso vale para jogador, técnico e diretoria. O início do seu trabalho foi fantástico, pegou um time todo desorganizado deixado pelo renomeado Muricy Ramalho e chegamos a brigar pelo título do Campeonato Brasileiro.

Foi em um desses jogos desmotivadores, não sei se contra o Bahia ou no seguinte, que constatei que o Zé já não seria mais satisfatório. Sim, acho que com um pouco mais de experiência e ele chegará ao nível de grandes técnicos. Mas esse caminho entre a experiência e o total amadurecimento é longo e o local ideal para esse processo não é no Flamengo. O principal fator que matou a relação com a torcida foi a insistência em alguns jogadores, Zé foi cabeça dura demais.

Concordo plenamente com quem diz que a incansável troca de técnicos, atribuindo toda culpa a eles não é maneira mais correta de solucionar os problemas dos times. Mas também concordo com aquela máxima que diz que quando o técnico perde o grupo não adianta… tem que trocar!

Espero que troque muita coisa, não só o técnico. Troque o futebol que anda em falta e principalmente que troque o espírito. Acima de tudo somos Flamengo, todos serão cobrados!

Agora, o clube procura um substituto para Zé Ricardo, desde já deixo o meu #ForaJorginho. Quarta-feira o compromisso é na Sul-Americana, em jogo contra o Palestino, em casa. Vai pra cima deles Flamengo, queremos raça!

Saudações rubro-negras!

 

Ler mais da Jaqueliny Botelho

Ler mais do Flamengo

Ler mais do Campeonato Brasileiro

A Bola que Pariu