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13.10.2017

Postado por Ana Clara Costa Amaral

Cruzeirão sem freio

Grêmio 0 x 1 Cruzeiro – R27 Campeonato Brasileiro 2017

Com zaga e goleiro reservas, sem Robinho, Arrascaeta e Raniel, o Cruzeiro não jogou muito diferente do time que copava o penta 14 dias antes. Aplicado, sério, não levou grandes sustos e quando levou, Rafael foi brilhante mais uma vez. Digão fez a sua melhor partida com a camisa do Cruzeiro e Sóbis, que marcou o único gol da partida, segue sua lenta ascensão.

12.10 henrique

Se Diogo Barbosa e Thiago Neves não estavam inspirados, participavam ativamente do conjunto. Qualquer tabela mais ousada dava errado e o time que nos primeiros minutos até esboçou um estilo diferente, logo assumiu os passes seguros de seu modus operandi.

Foi quando ficou claro que o trabalho que ressuscitou o Cruzeiro perdidão do meio do ano criou uma máquina meneziana. Sem qualquer remorso ao chutar para longe a promessa de um time que propõe, alheia à conturbada vida política do clube e às especulações da imprensa, ela executa. A compactação e as linhas estão lá, independentemente das peças disponíveis para o dia.

12.10 thiago neves

Contra o Grêmio, então, já opera em piloto automático. Quem poderá dizer que com Arrascaeta em campo seria diferente? Até mesmo Thiago Neves. Ele vem jogando bem, mas não é imprescindível.

Num segundo tempo de sufoco, mas de uniforme limpo e serenidade no olhar, o Cruzeiro reagiu com frieza à chance mais clara de gol da partida, de um Grêmio que era superior naquele momento, para decretar a terceira vitória sobre os gaúchos no ano. Mais uma assistência de TN30, que jogou grande parte do jogo como um volante. 1 a 0 é goleada, diz a programação. É a 13ª partida seguida sem derrota.

O Cruzeiro psycho killer me irrita, e a muitos de nós que ainda temos necessidades fisiológicas. Pelo lado cheio do copo, o Cruzeiro psicopata nos surpreende.

12.10 sobis comemora

Se alguém tinha algum pudor de acreditar em bi penta (eu tinha!), pode rever seus conceitos. A besta meneziana não parece se abalar com os virtuais 11 pontos de distância, e é muito gostoso, contra todos os prognósticos, ver os jogadores levarem a sério o Campeonato Brasileiro.

Como cruzeirense, acho burrice desvalorizar os pontos corridos. É uma modalidade minimamente justa, mais difícil de ser manipulada apesar das distorções comuns à reta final, garante o calendário e em grande medida o sócio torcedor; e enquanto isso, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana estão aí para serem copadas. Não vamos cair no papo de desvalorizá-la só porque, dessa vez, não estamos no topo.

O futebol nacional está nivelado por baixo, não é exclusividade da competição.

E, convenhamos, convém ser um psycho killer em meio ao escarcéu que a imprensa mineira vem fazendo do momento do clube e a incerteza da continuidade da comissão técnica. O Cruzeiro mete medo com qualquer escalação e, se temos muita coisa pra melhorar para o ano que vem, o fato é que os cruzeirenses de carne e osso são uns dos poucos motivados, sabe-se lá com qual objetivo, com o fim da Série A.

Fora da clínica e com carinho, batizemos este filho de cruz credo por Cruzeirão sem freio!

 

Fotos Rodrigo Rodrigues / Light Press / DiaEsportivo / Cruzeiro

Texto com colaboração do Coletivo RAP Feministas

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