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23.10.2017

Postado por Jaqueliny Botelho

A instabilidade rubro-negra

São Paulo 2 x 0 Flamengo – R30 Campeonato Brasileiro 2017

Dizer que são opostos significa dizer que as partes quando comparadas são contrárias, não agem da mesma forma. Um exemplo para explicar o que são os opostos é analisar os jogadores Geuvânio e Lucas Paquetá, o primeiro é mais badalado, chegou com grande esperança e até agora fez pouco ou quase nada. Já o segundo é cria do Flamengo, está na gávea desde 2007 e é um jogador extremamente empenhado, quando ele se diz rubro-negro ninguém duvida, tem o espírito e muita vontade mesmo quando atua fora da sua posição.

Foto: Gazeta Press

Foto: Gazeta Press

Ontem, Geuvânio começou como titular e Paquetá no banco de reserva, o primeiro tempo do Flamengo foi medonho, o time estava extremamente desorganizado, sem gana e Geuvânio foi um dos que mais se destacou negativamente pela falta de vontade e pelo futebol medíocre. É claro que não sozinho, mas contribuiu bastante. O balado atacante vindo do rico futebol chinês não soube fazer o que o jovem meia se esforça para realizar quando escalado na mesma posição.

E para completar o dia que já não estava muito favorável, a bola era perigo constante e foi após a cobrança de escanteio que os paulistas marcaram o primeiro deles, com 13 minutos. Nem após o gol o time acordou, ninguém finalizava, nenhuma objetividade e os “estrelinhas” continuavam escondidos. O time do São Paulo que não tinha nenhuma responsabilidade com o colapso rubro-negro marcou o segundo aos 39’ do primeiro tempo.

No intervalo era nítido que o técnico Reinaldo Rueda deveria mexer no time, nesse momento já chovia críticas pela forma como a equipe foi escalada na primeira etapa. Em partes, concordo, mas bora lá! Rueda tem um elenco nas mãos e DEVE usar as peças, até porque elas foram contratados para jogar ou estou enganada? Não há justificativa plausível que tire a culpa de jogadores e principalmente de atacantes que nem sequer chutam para o gol. Estamos com um elenco abarrotado, caro e ao mesmo tempo com poucas peças que dão resultados, culpa da falta de planejamento por parte da Diretoria.

Foto: Staff Images/Flamengo

Foto: Staff Images/Flamengo

No segundo tempo, o técnico Rueda colocou o oposto, Lucas Paquetá, o garoto assumiu o lugar do Geuvânio e ao menos demonstrou mais vontade. Berrío também saiu lesionado e deu espaço para Diego Ribas, que melhorou o passe e criou muito mais do que o Éverton Ribeiro, outro que parece não ter encaixado e veio só a passeio.

Não sei se os jogadores têm consciência de que a torcida analisa e sabe quem de fato veste a camisa e quem faz corpo mole. Pelas derrotas, vexames e falhas não poupamos ninguém. Mas aplaudimos a entrega e reconhecemos quem dá o melhor de si em campo.

O segundo tempo todo foi do Flamengo que esbarrou algumas vezes nas boas defesas do goleiro adversário. Mas que como um todo continuou sendo ineficiente, não conseguindo marcar nenhum gol e dando três pontos para o clube que periga jogar a segunda divisão no ano que vem.

Na Sul-Americana é tudo ou nada, depois desse ano desastroso esse título da “Sula” é obrigação. Já estou exausta de bater na mesma tecla, o que falta no Flamengo é o espírito de Flamengo e já está passando da hora de a diretoria começar a analisar quem se encaixa e quem não se encaixa no time, o planejamento para o ano que vem já deveria ter começado há muito tempo.

Veja a versão são-paulina do jogo

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