VOLTAR

,

20.11.2017

Postado por Colaboradoras

Valeu para ver o Judivan

Vitória 1 x 1 Cruzeiro – R36 Campeonato Brasileiro 2017

Contra o Vitória, o importante foi mais uma partida de Judivan. Sim, nas poucas vezes em que participou, o menino demonstra categoria, raramente erra um passe, arriscando até mesmo pedaladas. Depois de marcar de pênalti no seu retorno, tem sido emocionante acompanhar o menino fardado novamente e sonhar com um surpreendente protagonismo no ano que vem.

JUDIVAN, MESSIDORO GOL

Não passa disso, um sonho; seria sacanagem cobrar algo parecido. Mas é que as partidas do Cruzeiro têm deixado a mente da gente ociosa, quando não é no Mineirão então… até pro Mundial Interclubes a mente vadia.

Substituto de Diogo Barbosa até que se prove o contrário, Bryan fez boa partida, criou chances, deu assistência para o peixinho de Alisson, buscando o empate. Mandou até bola na trave e não teve culpa no pênalti.

BRYAN E ALISSON

Mesmo com um time mexido, o Cruzeiro foi superior durante a maior parte do jogo e mereceu a vitória, que não veio por coisa pouca.

Ponto para o elenco, que poderia se inspirar mais nos coadjuvantes. São eles que têm valido as partidas desta reta final…

Depois de ganhar a Copa do Brasil, é possível contar nos dedos os confrontos em que o Cruzeiro jogou. Não que o título venha de uma campanha incontestável, mas claramente o time vem entrando em campo pra cumprir tabela. Se ganhou? Ótimo. Empatou? Acontece. Perdeu? É penta!!!

Porém o ano não acabou ali no Mineirão com todo mundo fazendo a festa. Entendo que a falta de maiores desafios a serem cumpridos leva o time a uma sensação de marasmo. Mas o campeonato não acabou. Ganhou, está de parabéns, mas que se cumpra o acordo até o final. E o acordo não é entrar em campo e tocar a bola pro lado até um disco voador pousar na Terra. É entrar e jogar.

Não tem mais o campeonato de motivação? Vai pela camisa! Vai por cada um daqueles que já deixou sangue, suor e lágrimas em campo para que essa camisa tenha o peso que tem hoje. Vai pelo seu Zé, que tá lá no interior do interior ouvindo o jogo no radinho de pilha torcendo por vocês, fazendo de vocês a alegria de uma vida inteira de sofrimento.

JONATA 2

O que não dá é olhar pro campo e questionar o que esses caras estão fazendo ali. É ver um jogo e achar que está acabando, quando ainda tem 12 minutos, porque os olhos não aguentam ver aquela coisa horrorosa que chamam de futebol.

É jogador que se deixar corre com a bola até chegar à torcida, é atacante que não sabe chutar uma bola decente, é lateral que deveria chamar alameda. É torcedor pagando ingresso, pay per view, gastando a pilha do rádio e se perguntando: o que fez pra merecer isso?

E longe de desmerecer o Vitória, mas no papel o time do Cruzeiro é melhor. Contudo, se os jogadores querem entrar de férias antes das férias das quais tem direito, simples: abram mão do salário. Tem um monte de menino das categorias de base louco por uma chance. Muitos jogadores que não foram aproveitados. Mas, adaptando a frase de Cazuza: Ou joga, ou tira a camisa. Respeitem o meu time!

Por Natalia Andrade, com colaboração do Coletivo RAP Feministas

Fotos: Mauro Akiin Nassor/Light Press/Cruzeiro

Ler mais do Cruzeiro

Ler mais do Campeonato Brasileiro

A Bola que Pariu