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31.12.2017

Postado por Jéssica Mendes

2017 em oito atos

Rogério

O ano de 2017 começou com uma emblemática contratação. Doze meses após pendurar as chuteiras o m1to estava de volta e dessa vez na função de técnico. Sua primeira experiência no cargo despertou esperanças e certo receio na torcida são-paulina que tinha uma certeza: o máximo empenho pelo São Paulo Futebol Clube, seu time de coração, como sempre fez. E fez. Só que não deu certo, e uma parcela enorme desse desacerto cabe a “excelentíssima” diretoria.  Após seis meses de trabalho ele foi dispensado de maneira baixa. Recentemente foi contratado pelo Fortaleza, vai disputar a série B do Brasileirão pela primeira vez, e aposto minhas fichas que se dará muito bem no clube que o acolheu. O tricolor cearense, além do treinador, ganha uma enorme torcida.

Pré-temporada

Não era só mais uma, a Florida Cup era a primeira pré-temporada sob o comando de Ceni, eram muitas caras novas sendo testadas e quis o destino que a “final” fosse um Majestoso. Levamos a melhor e carregamos a partir dali uma empolgação enrustida. Especulações de contratações ainda pipocavam pelos corredores do Morumbi e o cartão de visitas para 2017 era bom.

Florida Cup Oficial / Reprodução

Florida Cup Oficial / Reprodução

Elenco

No início de 2017 conseguimos manter a base do ano anterior e já contávamos com nomes respeitados como Wellington Nem e Cícero, mas que não deram certo. Em fevereiro chegaram Lucas Pratto e Jucilei, ótimas contratações. Contudo, os problemas que tivemos em relação ao elenco não dizem respeito aos nomes que chegaram, mas sim aos muito que saíram COM A TEMPORADA EM ANDAMENTO. Refizemos a espinha dorsal do time com a bola rolando e só não fomos rebaixados porque tivemos a extrema sorte de trazer de volta o profeta – cujo futuro ainda é incerto.

Política

O pior lado do São Paulo Futebol Clube é sua parte política e de gestão. O #foraLeco venceu as eleições como se imaginava – Rogério foi um bom escudo, afinal, marketing poderoso na hora certa e no final das contas a responsabilidade pelos maus resultados seria toda dele. Um bom negócio! Espero que com Raí seja diferente. E se até 2020 a administração do clube continuar formando atletas #madeinCotia para poder vendê-los por grandes quantias ainda jovens sem que sequer tenham passado pelo time profissional ou só com meia dúzia de jogos, como quem fabrica gado, essa má fase vai longe… Cofre cheio não é o que vai  cativar torcedores e trazer títulos.

Mata-mata

Ai que formato ingrato esse tal de mata-mata. E que ano cruel esse 2017, fomos desclassificados nos três campeonatos que participamos – Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana – por maus resultados dentro do Morumbi. Tais desclassificações culminaram na demissão do treinador novato. Foi um periodozinho brabo de aguentar. No que nos restou até o fim do ano, fizemos pontos corridos aos trancos e barrancos.

Quase rebaixamento

Nunca antes na história desse país, como diria nosso ex, ficamos tanto tempo na zona da degola. Olha, se não foi dessa vez vai ser difícil cair, a não ser que a nossa competentíssima gestão queira adotar os dias de 2017 como modelo.

Torcida do ano

Se já falamos da pior parte, agora vamos a melhor. O que fez essa torcida são-paulina foi fora de série. Após sentir que a coisa estava feia pro nosso lado, um apoio incondicional surgiu pelos lados do Morumbi, aliás, não ficou só por ali não, se estendeu ao Pacaembu e extrapolou fronteiras estaduais seguindo para o Serra Dourada, em Goiás. E aquele treino com mais de 18 mil? E aquele cortejo entre o CT e o estádio? E os inúmeros recordes de público de um time a beira do abismo? Sim, essa torcida foi o ponto alto de 2017.

Rubens Chiri/ São Paulo FC.net

Rubens Chiri/ São Paulo FC.net

Balanço

Mais um ano sem títulos chega ao fim, agora são cinco. Foram 365 dias bem conturbados, com muitas idas, vindas e frustrações. Mas pior que não ganhar título é não ser competitivo, e é assim que estamos nos portando. Somos um time que está entrando só pra participar, levando a risca a máxima de que o importante é competir . Ao todo, esse ano foi mais pra ruim do que pra bom. A barca de dispensas está na ativa e a mão de contratações está mais contida até o momento. Se a base se mantiver em 2018, temos mais chances de sermos competitivos e brigarmos efetivamente por títulos. Que venham tempos melhores para o tricolor!

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