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04.06.2018

Postado por Mariana Moretti

Do vinho pra água

São Paulo 1 x 3 Palmeiras – R09 Campeonato Brasileiro 2018

A torcida são paulina tem encarado a derrota, nesse domingo, para o Palmeiras, como final de campeonato. Não somos mais invictos, é verdade. Muitos jogadores tem recebido uma avalanche de críticas pelas redes sociais. Diego Aguirre e seus assistentes têm uma tarefa ingrata pela frente: recuperar o brio que o time apresentou no último jogo contra o Botafogo. Parece que o esquema Dorival de jogar bateu a porta do São Paulo no segundo tempo do Choque Rei.

O primeiro tempo, em meio a vaias da torcida palmeirense, foi espetacular para o Tricolor Paulista. Ponto. Nene levando o time pra frente, com um gás invejável, Hudson marcando bem no meio de campo, e, apesar dos questionamentos a respeito da ausência de Arbolenda, que nos confere segurança, por opção do técnico, estávamos ofensivos e com gana de vencer fora de casa. Marcos Guilherme anotou o seu, telepaticamente, quando Edu Dracena errou e abriu pro Soberano, com um gol contra. Uma pena que estamos nos despedindo precocemente desse jogador.

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Aproveitamos a má fase do adversário no Brasileiro e fomos pra cima, como se o empate não nos bastasse mais (e realmente, depois do confronto contra o Botafogo, ninguém quer saber mais de empate). O Palmeiras imprimiu tensão ao jogo, contestou a arbitragem, levou cartões amarelos (assim como o São Paulo), e se tornava cada vez mais forte e evidente a insatisfação do alviverde (da torcida com os jogadores e dos jogadores com a partida, que já parecia perdida com o volume de jogo do São Paulo até então).

Era hora de se aproveitar da fraqueza. Entretanto, eis que tínhamos nosso calcanhar de Aquiles, algo que já pontuávamos desde os tempos dorivarianos, o famoso e temido “time mal mexido”. Na segunda etapa, um Tricolor às avessas entrou na Arena, mudando do vinho pra água. Como num Coliseu infame, os gladiadores se tornaram presas, assistidos por uma população ensandecida. Entregamos o jogo nos 45 minutos seguintes, tomamos gols num piscar de olhos e, fica a questão: Petros no lugar de Hudson? Sidão titular? Aguirre mexendo mal? A terra é plana? Os aliens existem?

Djalma Vassão/Gazeta Press

Djalma Vassão/Gazeta Press

Assim como na foto vemos o momento da abdução de Willian por aliens, nesse mundão redondo como a pelota futebolística, muitas dúvidas pairam e estão acima da compreensão de Dana Scully e Fox Mulder. Muitos tentam explicar mas a resposta só virá em um futuro próximo, ou seja, nas próximas partidas. Demos um “oi” pra liderança do Brasileiro, nos lembramos da sensação, e temos mais vontade de senti-la de novo. Dá uma raiva das estatísticas, mas elas não mentem. Cabe a nós nos embriagarmos de esperança, de um bom vinho ou de uma cerveja gelada (mais apropriada para tempos de crise), e seguir apoiando o São Paulo, Soberano, entre os grandes, sempre o primeiro.

 

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