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16.11.2016

Postado por Raisa Rocha

Vem que tem!

Peru 0x2 Brasil – 13ª rodada Eliminatórias da Copa do Mundo Rússia 2018

Pedro Martins/MoWA Press

Pedro Martins/MoWA Press

É chato chover no molhado, mas é muito difícil inventar alguma pauta brilhante que fuja do que tem se dito sobre a Seleção. Sem me preocupar em tentar surpreender, vamos aos fatos:

Sim, o brasileiro tem uma seleção que o faria acordar em qualquer horário para a ver jogar.

A geração não é e nunca foi o problema. O grande segredo deste time reside em entender que era preciso tirar o foco do JOGADOR. O craque, sozinho, pode muito pouco. O direcionamento da preparação está no COLETIVO, que organizado e bem definido permite que cada um consiga jogar o seu melhor. E assim, com esse futebol que dá valor igual pro tático e pro técnico, a habilidade brasileira vai definindo os jogos.

Pedro Martins/MoWA Press

Pedro Martins/MoWA Press

O jogo foi difícil, valia muito pro Peru, que jogou a vida. A torcida alentou forte e os jogadores em campo buscavam o resultado com determinação e muita intensidade. O Brasil se portou bem, soube se defender com segurança, parou Guerrero e nunca abdicou de atacar quando teve a bola. No segundo tempo encontramos mais espaços e dos pés dos endiabrados Coutinho, Neymar e Renato Augusto surgiram os espaços pra abrir o placar com Gabriel Jesus, que segue na crista da onde e fez jogadaça pro segundo gol, de Renato Augusto.

Pedro Martins/MoWA Press

Pedro Martins/MoWA Press

Pelas chances criadas o Peru mereceu seu gol, que não saiu por Alisson, pela trave ou pela fase de Guerrero, que ja foi bem melhor do que têm sido nos dois últimos anos.

Já passamos por quase 1500 caracteres, quase 300 palavras e agora, finalmente, mencionarei o personagem principal dessa história:

Mariana Bazo/Reuters

Mariana Bazo/Reuters

A solidez do coletivo é o que fica de mais significativo nesse começo de TITE, que voltará a convocar só em março, pra jogos contra Uruguai (fora) e Paraguai (casa). O Peru foi talvez o adversário mais duro destes 6 jogos iniciais, mas o selecionado canarinho em nenhum momento se descontrolou ou deixou de acreditar no seu potencial.

Gosto muito de um termo novo do linguajar futebolístico, que é o “saber sofrer”. E sim, hoje a Seleção Brasileira tem caráter pra entender que um jogo tem 90 minutos, aguenta as investidas e tem inteligência pra dar o bote.

Com a continuidade de nomes nas convocações o Brasil se encontra em campo e joga como jogam os clubes: com alto entrosamento e qualidade coletiva. Não é por obra do acaso que Tite fecha o ano com 6 jogos e 6 vitórias, apenas um gol sofrido e 17 feitos.

Se no lado esquerdo Neymar e Marcelo fazem chover, a direita com Coutinho e Renato Augusto se tornou igualmente poderosa nesses últimos dois jogos. É um time impressionante na sua organização. Se defende com segurança, solidez e tranquilidade. Marquinhos e Miranda formam um dupla espetacular. A velocidade e habilidade dos homens de frente devem fazer tremer os adversários. Os laterais jogam azeitados no esquema que tem um meio de campo de ótimo encaixe. As triangulações e trocas de posição aumentam o poderio ofensivo. Neymar livre leve e solto tem jogado cada vez mais, mostrando que o céu não é o limite e que tem tudo para ser um craque histórico de incontáveis títulos não somente por seus clubes, mas também por sua Seleção.

Pedro Martins/MoWA Press

Pedro Martins/MoWA Press

Agora é voltar pra realidade, focar no final da nossa temporada nacional e até março ir travando apostas: se o time está “se fechando”, Tite já avisou que vai observar, e muito, nesses meses. Quem serão os sortudos a serem escolhidos, quem perderá a vaga? Próximos capítulos em 2017.

 

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