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06.07.2017

Postado por Roberta Pereira da Silva

O único invicto se mantém de pé… e outras coisinhas sobre a Libertadores

Atlético Paranaense 2×3 Santos – Ida das Oitavas de Final da Copa Libertadores da América 2017

Confesso que as montanhas russas dos parques de diversão dão menos emoção que a equipe santista. Após resultados pífios no Campeonato Brasileiro e derrota para o Flamengo por 2×0 na primeira partida pelas quartas de final da Copa do Brasil, a torcida não tinha onde agarrar-se para ter confiança no time e na classificação. O carrinho começa a subir os trilhos e aos oito minutos, ladeira abaixo… o Atlético Paranaense faz o gol sem possibilidade de defesa para Vanderlei. O coração vai à boca, seria mais uma derrota?

O time não jogava como nos jogos anteriores, o meio de campo estava bem organizado e Bruno Henrique mantinha o padrão ofensivo, havia vontade de ganhar e não fazia sentido o resultado. Tanto não fazia que o Santos perdeu o medo das curvas e acelerou, e após uma assistência perfeita de Lucas Lima, Kayke mandou a bola pra dentro. Fim do primeiro tempo, 1 a 1.

Rodolfo Buhrer Reuters

Rodolfo Buhrer Reuters

Logo no início do segundo tempo Kayke desperdiçou um gol feito e o Santos se manteve no ataque. Victor Ferraz chutou de fora da área e o goleiro da Seleção Brasileira aceitou, Bruno Henrique atento e oportunista empurrou a bola pra dentro e goooooool. Tudo voltava a ser como antes, Thiago Maia acertando os passes, Lucas Lima eleito o melhor da partida, inspiradíssimo, e o Santos dominando o segundo tempo. O terceiro gol não poderia ser melhor, Lucas Lima lançou para Bruno Henrique, que fintou de forma incrível o marcador e cruzou para Kayke fazer um gol de letra, o gol da vida dele.

Aliviadxs aguardávamos a pausa do carrinho, mas não é que tinha uma última queda livre e, num vacilo da zaga, o Atlético converteu mais um. Final da partida, Santos 3 x Atlético 2.

Henrique Heuler Andrey AFP

Henrique Heuler Andrey AFP

Algumas considerações: o Atlético precisará ganhar por um gol de diferença para a classificação, o jogo será na Vila Belmiro e, assim como o bom futebol, esperamos que o fator casa nos ajude. Bruno Henrique parece ter recebido orientações quanto ao comportamento “esquentado” que lhe rendeu a expulsão no último jogo da Libertadores. Estava concentrado, manteve a cabeça no lugar, não caiu na pilha e foi fundamental na vitória.

Heuler Andrey AFP

Heuler Andrey AFP

Nem a torcida nem ninguém entendeu a substituição de Lucas Lima por Vecchio por volta dos 40’ do segundo tempo. O jogador chutou a água, esbravejou e se dirigiu a comissão técnica dizendo “porque fui substituído?”. Questionamentos como esses são cotidianos nas periferias do Brasil e infelizmente a frase não é porque fui substituído, porque vidas são insubstituíveis, mas sim “porque o Senhor atirou em mim?”.

Digo isso porque, na coletiva, Levir afirmou que se os políticos fossem tão cobrados como são cobrados os jogadores e os técnicos, o Brasil estaria melhor. Sim professor, aliás, a política é muito importante pra deixá-la aos políticos, já diria o velho Mezzaros. Mas isso é assunto para um próximo texto, por ora torcemos para o que Santos mantenha o bom futebol e saia classificado para a próxima fase.

 

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