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19.10.2017

Postado por Ana Clara Costa Amaral

Um jogo meio besta

Coritiba 1 x 0 Cruzeiro – R29 Campeonato Brasileiro 2017

Ontem a besta meneziana celeste voltou a ser comandada in loco pelo seu criador, que ninguém sabe se vai ou se fica. Acho curiosa a afirmação que vemos aos quatro cantos, de que o técnico “só” não vai pro Palmeiras se renovar. Uai? Em outras palavras, Mano só não vai se não for, e só fica se ficar. A informação é de que o Palmeiras tem interesse. Possivelmente outros clubes, nacionais e estrangeiros, também tenham. E dá-lhe Cartola, em plena transmissão de jogo ou mesa redonda. Não sei o que nos derrete mais neurônios, ver o futebol nacional ou a cobertura dele.

Voltando ao dia de ontem, não falta padrão de jogo e nem vontade ao time, mas falta alma. Tem sido o suficiente para conquistar os resultados no Brasileirão, mas contra o Coxa algumas peças ficaram muito abaixo.

Diante da nossa boa defesa e total falta de criatividade contra um adversário que também não oferecia perigo, o único gol do jogo saiu por acidente. Diogo Barbosa, que tem crédito concedido e sem juros até o ano que vem, foi tentar tirar com a coxa e acabou mandando pra dentro do gol de Fábio.

19.10 diogo

Um negócio triste de se ver, retrato fiel do jogo.

Não era o dia de Barbosa, que quase entregou o ouro em outros lances com passes demasiadamente curtos. Não posso cravar com certeza, mas se ouvi o nome de Rafael Sóbis duas vezes, foi muito. Substituído na virada pro segundo tempo por Rafael Marques… que dureza!

Durante o segundo tempo tivemos a posse da bola, o que parece desestabilizar o time. Foram infinitos passes inofensivos no meio de campo, agravados por um Thiago Neves e Arrascaeta lentos, facilmente desarmados e nossos laterais errando passes simplórios.

19.10 thiago neves

Outra verdade incômoda é que nem sempre Thiago Neves e Arrascaeta, os principais jogadores do elenco, têm conseguido jogar bem juntos. Suas funções ofensivas ficam confusas principalmente com um Rafinha que vem inspirado, oferecendo perigo pelos lados e finalizando. Também é o que Alisson ao menos tenta fazer.

Talvez seja hora de arriscar um Thiago Neves líbero novamente e Arrascaeta um pouco mais recuado, participando mais do jogo, imprimindo velocidade na condução. Olhando para os atacantes Sóbis e Marques, não temos muito a perder.

19.10 arrascaeta

Com a volta de Alisson para o clássico, o quarteto pode ser uma realidade em algum momento do jogo, mas é pouco provável que Mano faça alguma mudança na escalação inicial.

No mais, a equipe é a mesma, as mesmas qualidades e defeitos de sempre estavam lá, dessa vez acrescidos da infelicidade de Barbosa. Continuamos organizados e, sem falação à toa da imprensa, com um ambiente tranquilo para essa reta final. Que jogue Messidoro, que jogue Galhardo, é hora de rebolar e sonhar com outras possibilidades para nossa máquina.

 

Texto em colaboração com o Coletivo RAP Feministas

Fotos: Geraldo Bubniak / Light Press / Cruzeiro

 

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