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06.11.2017

Postado por Ana Clara Costa Amaral

3 pontos e ao ataque!

Cruzeiro 1 x 0 Atlético Paranaense – R32 Campeonato Brasileiro 2017

Ontem, na Toca 3, o Cruzeiro reencontrou o caminho das vitórias após 3 rodadas na fila. Não foi uma partida de encher os olhos, marcada pelo equilíbrio durante 90 minutos, mas o time honrou o manto e segurou o placar contra o Atlético-PR.

Falando em manto, tratava-se do monocromático, o estreante uniforme 3. Muito lindo e elegante, uma pena não ser comercializado no modelo feminino. Aliás, alguém aí já ficou sabendo das peneiradas para o time feminino, obrigatório para a disputa da Libertadores? Ou fomos inscritas na modalidade cheerleaders e eu não tô sabendo?

Com o perdão da digressão, voltemos aos homens, ou então não tem jogo.

Com o resultado, retomamos a liderança do returno do Campeonato Brasileiro, como há 3 rodadas atrás. Talvez o time com menos razões aparentes para se motivar, justamente neste segundo turno. Vamos reclamar de quê desse time, sá? Não tem como.

A ousadia e alegria que queremos parece começar a atingir a comissão técnica. Mano ousou um 4-5-1 com Arrascaeta no ataque, poupando a Nação Azul de mais uma tarde de Rafael Marques.

O meio de campo com Rafinha, Thiago Neves e Robinho não é jovem, mas é a melhor formação para começar o jogo. Tem qualidade no passe, no domínio da bola, é voluntariosa na marcação e, tendo algum escape de velocidade – como Arrascaeta, podemos esperar um bom futebol!

robinho 05.11 (1)

Não muito diferente disso, aos 40’, em mais um belo lançamento de Robinho, Arrascaeta puxou pra dentro, tirou do zagueiro e bateu no canto esquerdo. Golaço!

Na outra única finalização em direção ao gol no primeiro tempo, quase mais um golaço, mas do Furacão. Pra cima de Ezequiel (novidade….), Sidcley cortou e cruzou pra Ribamar, que dominou no peito e acertou em cheio a bicicleta. Mais uma defesaça de Fábio, normal.

fabio 05.11 (1)

Não houve outras grandes finalizações no primeiro tempo, apesar de algumas boas jogadas de lado a lado, sempre sem exigir os goleiros. O Cruzeiro demonstrava superioridade técnica, mas não era (porque não é) um time agudo.

Apesar da ausência de gols, a grata surpresa da noite ficou para o segundo tempo. Não sei se por convicção ou se por ausência de volantes experientes no banco (apenas Nonoca em condições de jogo), mas Mano não sufocou o time.

Arriscando de fora da área com o incansável Rafinha, jogando até com mais intensidade, não era a postura costumeira do 1 a 0 esse ano. Foi um bom segundo tempo, o Atlético-PR partia pra cima ao passo que o time celeste que não abdicava da bola e do ataque. Quando cansou, nada de retranca: Alisson (Thiago Neves) e Jonata (Arrascaeta) entraram para fazer um Cruzeiro mais ofensivo do que a formação inicial.

Atenção: Jonata, centroavante emprestado pelo CRB para integrar o sub-20 do Cruzeiro, estreou no profissional deixando Rafa Marques no banco e com vantagem no placar! Eram já decorridos 38 minutos da etapa final, o menino trocou alguns passes e não comprometeu, mas é pra glorificar de pé, Nação!

O atacante mais veterano entrou só para cumprimentar o árbitro, aos 43’, no lugar de Rafinha.

menino jonata 05.11 (1)

Ponto para Mano!

Se não for para isso, não é pra mais nada.  Agudez não vai ser agora, eficiência nas finalizações à essa altura do campeonato, muito menos. Que Mano se empolgue em brincar de fazer o time atacar, construir jogadas nessa reta final e que o time continue fazendo resultados sem a mal-aventurada retranca.

Quarta-feira é contra o Flamengo, e o desafio de Mano será manter o time com dois volantes apesar das ausências de Arrascaeta e Rafinha, sem apelar para nosso ilustre boneco de Olinda. Será que vai?

Texto com colaboração do coletivo RAP Feministas

Fotos de Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

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