VOLTAR

,

19.02.2018

Postado por Jaqueliny Botelho

Forasteiros – Decisão da Taça Guanabara

Boa Vista 0 x 2 Flamengo – Final da Taça Guanabara 2018

Como dois e dois são quatro? O futebol mantém distância da obviedade, o esporte muitas vezes foge da lógica e conta com a imprevisibilidade como característica. O que o esporte tem de concreto é que quando soa o apito final, se consagra o vencedor.

Seria surpreendente a ausência de dois times considerados “grandes” em uma semifinal e aconteceu. É a tal da imprevisibilidade. Mas aí, eis que chega a final da Taça Guanabara, Flamengo e Boavista vão até Cariacica, no Espírito Santo, já que foram impossibilitados de jogar no Engenhão e o Maracanã virou boate. Nesse ponto não existe imprevisibilidade, já era esperado esse tipo de incômodo; o Maracanã deixou de ser exclusivo do futebol há muito tempo e o Botafogo tem a frente diretores que fazem jus à fama da criança que faz birra e leva a bola embora para acabar com a brincadeira.

Marcelo Theobald/O Globo

Marcelo Theobald/O Globo

Segue o choro, quer dizer, o jogo.

Antes da bola rolar na final da Taça Guanabara, o rubro-negro carioca já era o líder isolado com 20 conquistas, seguido por Vasco com 12; Fluminense com 10; Botafogo com 8; América, Americano e Volta Redonda com 1 título cada. O Boavista, adversário da decisão da 54ª edição, nunca na história havia conquistado a Taça.

Como dois e dois são quatro? Na lógica o Flamengo sairia campeão e dessa vez a lógica venceu. Apesar do sistema defensivo eficiente do Boavista, foi inevitável segurar a pressão rubro-negra e o futebol, carregado de surpresas, fez com que o primeiro gol da partida saísse logo de uma falha da defesa. Gol contra do zagueiro Kadu Fernandes, que posteriormente ainda se machucou após um drible desconcertante do Vinícius Júnior.

Vinícius, que mais uma vez foi protagonista, entrou no segundo tempo no lugar do Lucas Paquetá. O que, por sinal, para muitos foi uma troca inusitada já que o garoto vinha jogando bem. Vinícius, que não tinha responsabilidade nenhuma com as decisões do técnico Carpegiani, incendiou o jogo, aplicou dribles, deu movimentação e marcou 50% do gol, sim, 50% porque nem ele soube dizer se conseguiu tocar na bola que o Éverton Ribeiro colocou dentro da área. Gol compartilhado.

Com o placar de 2 x 0, o Flamengo pôde comemorar seu 21º título da Taça Guanabara, título que começou a ser construído pelos pés da garotada da base. Pela frente o Flamengo tem a estreia mais do que esperada na Taça Libertadores e a Taça Rio. Agora é hora de aproveitar a maré das conquistas – Copinha, conquistada; Taça Guanabara, conquistada. Manda o próximo que a nação está com sede de conquistas.

Gilvan de Souza/Flamengo

Gilvan de Souza/Flamengo

Ler mais da Jaqueliny Botelho

Ler mais do Flamengo

Ler mais do Campeonato Carioca

A Bola que Pariu