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08.05.2018

Postado por Ana Clara Costa Amaral

De volta ao básico

Cruzeiro 1 x 0 Botafogo – R04 Campeonato Brasileiro 2018

Ontem o Cruzeiro entrou em campo, de verdade, pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro. Não foi uma chuva de gols como na última semana, mas foi o necessário para iniciar a reabilitação na competição. Lentamente, como pede um campeonato de 38 rodadas e sabemos que virá.

O time é o mesmo responsável pela recente guinada na Libertadores, com Lucas Silva e Rafinha titulares até que se prove o contrário e Sassá, um atacante que gosta de fazer gols, como desde os tempos de Ábila não tínhamos. Fred também gosta, mas teremos que esperar sua recuperação para ver a quantas anda sua sina.

lucas silva pegador

Sem maiores ilusões quanto ao fantástico aproveitamento de Egídio e de Sassá, que foram diferenciais nas goleadas recentes, o time apresenta uma evolução mais consistente, confiável do que os felizes lances da dupla (apesar de menos memorável do que o Mineirão a gritar “caiu na rede é peixe, leleiá…”. Que saudade que a gente tava!)

O fato é que o time achou um padrão ideal para as peças disponíveis: um 4-5-1 de  volantes pegadores, dedicados a roubar a bola e tentar fazer o simples com ela. A entrada de Rafinha trouxe a objetividade proposta por esse meio campo. O camisa 18 pela direita e Arrascaeta pela esquerda dão a mobilidade que o não tão veloz TN30 necessita para distribuir. É simples, mas as bolas “achadas” de Thiago para a área ficaram menos previsíveis com a troca de posição de pontas pelos dois lados e as jogadas de fundo voltaram a existir. Essa é a proposição de jogo do Cruzeiro, a que tem futuro – sem triangulação que quer ser tiki-taka mas termina o jogo sem posse de bola e sem finalização.

Além disso, contra-ataque passa a ser uma possibilidade real, não apenas um espasmo consequente de retrancas. O time ainda pode melhorar, criar mais rotas, infiltrações com volantes, mas finalmente podemos imaginar como o gol pode sair sem esperar pelo erro da saída de bola adversária.

dedé

Agora, por mais que se tente entender exatamente o que ocorre de diferente na Toca desde aquele fatídico 1 a 0 para o Fluminense, algumas coisas ficam pro mistério da camisa. Até o bom e velho escanteio o Cruzeiro voltou a bater bem. Que já treinavam há mais de ano, sabemos. Tendo o Mito em campo, já estava demorando demais para sair esse gol e será sim umas das armas mais importantes no ano.

Que siga a boa onda, e ciente das limitações do time, Mano consiga usar todo o elenco para manter a terrível bestia negra meneziana tão azeitada e letal a ponto de achar lugar para o Bruno Silva.

 

Fotos: Agência i7

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