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12.06.2018

Postado por Ana Clara Costa Amaral

À espera da Copa

Chapecoense 2 x 0 Cruzeiro – R11 Campeonato Brasileiro 2018

O futebol burocrático e sem graça do campeonato da CBF já estava à mingua para quem disputa outras duas copas, tanto que os públicos pampulheiros nunca decolaram na competição, mas vai parar de vez em nome de uma outra copa por aí – a da FIFA. Nada poderia ser melhor para o elenco celeste e também para a torcedora, obrigada a acompanhar o fase modorrenta do ciclo meneziano de futebol.

Com muita garra o time conseguiu emplacar três vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro, contra Santos, Palmeiras e Ceará. Faltaram capricho e sorte contra o Vasco no empate na rodada anterior, mas contra a Chape não haveria reza que nos fizesse vencer a partida. O empate teria sido o único resultado justo para a partida.

sassá

O meio de campo com Henrique, Lucas Silva, Robinho e Thiago Neves conseguia os resultados no apuro técnico aliado à ótima fase do sistema defensivo do time. Com o desgaste físico dos titulares e a crônica falta de velocistas, o desempenho destes jogadores vai caindo, caindo…. Até se tornar um time extremamente previsível, como foi contra a Chapecoense. Nessas situações, às vezes nossos laterais resolvem a parada, às vezes – muito raramente – nossos volantes chegam e fazem a diferença. Não foi dessa vez.

Lucas Silva foi fundamental na guinada do Cruzeiro no semestre e já se tornou imprescindível no meio-campo. Em meio a tantos desfalques relevantes, a qualidade do volante fez falta demais. Henrique e Bruno Silva até podem ser mais fortes fisicamente, mas formam uma dupla lenta e sem saída de bola. Com Robinho apenas razoável e TN30 muito abaixo do que costuma render, os desfalques de Arrascaeta, Rafinha e David chamam mais atenção do que qualquer jogada em campo.

Dessa vez não teve Bruno Silva para tirar algo da cartola e nem Egídio com diabo nas pernas. O Cruzeiro só ameaçou o gol adversário nos minutos iniciais da partida, de resto, ninguém ameaçou ninguém, com exceção de duas jogadas da Chape construídas em cima de erros grosseiros de Dedé. Uma jogada isolada da Chape tirou a igualdade do placar aos 34’ do segundo tempo, em assistência do folclórico ex-cruzeirense Apodi para o jovem Bruno Silva marcar com a mão. O chute teria ido para longe se não tivesse esbarrado no braço do próprio jogador, e digo isso apenas para destacar o panorama geral da partida.

O setor ofensivo foi nulo no segundo tempo, e aos 20’ TN30 já havia dado lugar a Lucas Romero, tamanho o conformismo com o empate. Foi só depois do gol da Chape que Mano colocou o menino Marcelo, atacante da base, no lugar de Bruno Silva.

Sobis

Aos 49 do segundo tempo brilhou mais um ex, Elicarlos acertou belo chute de fora da área após espanada desnecessária do Mito, mas o estrago já estava feito. Com exceção de Sobis, que tem sido uma grata surpresa para a construção de jogadas, o time pré-Copa chega ao fim da reta final do semestre numa decrescente em todos os setores.

Só resta esperar por um pouco de sorte contra o Paraná Clube, a defesa jogando sério e um gol de cabeça de Leo, para que o futebol de guerrilha dê tempo ao tempo e Julho traga o Cruzeiro do lado vitorioso deste ano. Se é pelo bem do zeirão, a gente espera com ansiedade até a Copa do Mundo em pleno 2018. Com jogadores descansados, quiçá reforços – um volante e um atacante – e a ajuda das deusas para que Arrascaeta não seja negociado na janela do meio do ano, não esqueçamos que a temporada até agora trouxe praticamente tudo o que as cruzeirenses mais otimistas poderiam desejar.

Depois do embate na quarta não teremos mais partidas, e já no próximo fim de semana a única coisa que vai rolar no Mineirão será a voz das Mulheres de Arquibancada, no Museu do Futebol, no sábado! Não vai ter partida do zeirão e nem desculpa pra não seguir lá, ó: II Encontro Estadual de Mulheres de Arquibancada MG.

Que venha a Copa e a vez das mulheres no mundo, no Brasil e no Cruzeiro Esporte Clube.

 

 

Fotos de Vinicius Silva/Cruzeiro

Colaboração Coletivo Maria Tostão

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