VOLTAR

06.07.2014

Postado por Alessandra Salgueiro

Arbitragem padrão Pífia

Finalmente a seleção brasileira estreou na competição. Infeliz e ironicamente, justo nesse momento perde seu craque e destaque absoluto.

 

Difícil falar do jogo de ontem ou até mesmo de toda a rodada das oitavas de final sem ressaltar a precoce despedida de Neymar Jr. da Copa do Mundo do Brasil. Sem moralismos, é preciso abrir a discussão acerca da deslealdade e práticas anti-desportivas em campo. Assim como é imperativa uma revisão em tudo que diz respeito à arbitragem.

 

Fonte: Editora Abril

Fonte: Editora Abril

 

Até o início do mundial, predominava na mídia brasileira a idéia de que a má qualidade das arbitragens estaria relacionada à não regularização da profissão. Ou seja, os juízes precisam ter outra profissão paralela e ser arbitro é tipo ser free lancer. Além disso, somava-se a escassez de cursos preparatórios. A Copa vem para provar que isso é ladainha. Esses senhores padrão FIFA são uma vergonha. Pode colocar na culpa do juiz a lesão de Neymar.

 

Diz-se que o moleque se atira. Talvez haja mesmo um certo exagero nas suas piruetas, mas tente você simular um lance de jogo, uma falta de verdade. Quero ver se você vai cair estatelado como uma jaca ou se vai rolar e tentar amaciar a queda.

 

Não se pode ser craque, não se pode ‘jogar com alegria’ que você é recebido pelos zagueiros e meias como uma peste que deve ser aniquilada. No futebol moderno, habilidade é afronta.

 

O moleque apanhou a Copa inteira (até em lances fora do campo, como no jogo contra o México) e não se viram punições. No jogo de ontem a pancadaria começou cedo e, se o juiz tivesse mostrado o cartão, talvez esse lance não tivesse acontecido.

 

Em escanteio à favor da Colômbia a bola ia sobrar para Neymar. Enquanto ele se preparava pra dominar no peito, o zagueiro Zúñiga armava a joelhada. Na sobra, Oscar partiu em velocidade para o contra-ataque. O jogo só foi parado quase 20 segundos após, enquanto o menino de vértebra quebrada se contorcia no chão. Nem falta, nem cartão, nem nada. Quando o juiz é frouxo o jogador se sente convidado a praticar a maldade. Foi isso o que aconteceu ontem.

 

Fonte: REUTERS

Fonte: REUTERS

 

A Bola que Pariu