14.07.2014
Postado por Raisa Rocha
Uma parte da Bola que Pariu foi Argentina desde o começo da Copa. A outra metade da Bola que Pariu foi Brasil e se dividiu entre Alemanha e Argentina na final (Argentina por ser Sul Americano e por Messi, Alemanha porque foi definitivamente o melhor time).
Acompanhamos de perto, no Rio de Janeiro, o último final de semana da Copa. Chegamos à conclusão de que provavelmente são eles, os cariocas, os brasileiros que menos simpatizam com os argentinos.
Presenciamos diversos “duelos” entre torcidas (uma canta depois a outra responde) e é preciso dizer que os hermanos ganham. Além de mais grito, mais ritmo e mais criatividade, nós não conseguimos criar mais do que duas frases e todas elas com um palavrão no meio.
Mas a festa foi somente antes do jogo. Durante a partida o clima era tenso e, enquanto os argentinos roíam as unhas os brasileiros eram Alemanha desde criança.
Agora voltemos ao futebol: Sabella se mostrou um grande técnico ao conseguir segurar a emoção em prol da frieza tática no jogo contra a Holanda. Foi na estratégia e não na bola que a Argentina voltou a final depois de 24 anos. Por pouco o sonho escapou, não fosse a Alemanha ser muito mais fria e melhor ainda taticamente.
A cidade do Rio de Janeiro, em especial a praia de Copacabana, viveu dias intensos. Por todos os lados argentinos, alemães, holandeses, australianos, croatas, italianos, ingleses, peruanos, mexicanos, bolivianos, equatorianos e brasileiros de todos os cantos rodeados de infinitos policiais militares. A festa, a bagunça e a sujeira eram grandes.
Após o jogo, “perder na casa do papai” parece ter feito os argentinos se sentirem mudos.
Quietos também estavam os Alemães. Será que eles são assim tão diferentes que nem comemoram? Ou será que sua calma era respeito ao país do futebol? Estariam eles envergonhados de comemorar, assim como os jogadores no 7×1? Seja qual for o motivo, pelo bem da segurança pública e do (ferido) ego brasileiro, vitória alemã no Maracanã.