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29.11.2016

Postado por Renata Figueira de Mello

Chapecoense: a triste despedida em glória

Chapecoense fotoAFP

AFP

 

O futebol está de luto. Não é para menos. A Chapecoense depois de uma campanha brilhante no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil e na Copa Sul Americana, perde o técnico Caio Junior e quase todos os seus atletas em um acidente aéreo trágico na Colômbia.

Os únicos jogadores sobreviventes, encontram-se em estado grave no Hospital de San Juan de Dios, em La Sierra: o lateral Alan Ruschel, o goleiro reserva Jackson  e o zagueiro Neto. Danilo, goleiro titular, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu.

Os treinos do Barcelona e do Real Madrid, nesta manhã espanhola, começaram com um minuto de silêncio, em homenagem aos mortos no acidente. No Brasil, todos os jogos dos campeonatos nacionais estão suspensos, assim como a apresentação de Rogério Ceni, como técnico do São Paulo que estava marcada para hoje, ao meio dia, com festa no Morumbi. Não há clima para festa. O luto cala as torcidas e os amantes do futebol.

A Chapecoense viajava à Colômbia para enfrentar amanhã o Atlético Nacional, atual campeão da Copa Libertadores da América, na partida de ida da final da Copa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot. Mas a Conmebol suspendeu oficialmente a final da Copa Sul-Americana após o acidente com o avião que transportava a equipe da Chapecoense.

“Todas as atividades da Confederação (Sul-Americana de Futebol) estão suspensas até novo aviso”, afirma um comunicado.

Uma fonte da Conmebol explicou à AFP que isto significa a suspensão da “partida de ida da final da Sul Americana entre Atlético Nacional da Colômbia e Chapecoense e o congresso da entidade que aconteceria na quarta-feira em Montevidéu”.

O adversário do time catarinense manifestou sua solidariedade nas redes sociais. “Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal pelo acidente ocorrido e espera informações das autoridades”, publicou o clube no Twitter.

Clube fundado em 1973, a “Chape” – como era carinhosamente chamada pela torcida – fez história ao se classificar para a decisão da Sul-Americana logo na sua segunda participação a uma competição internacional.

Das 81 pessoas neste vôo, apenas 6 sobreviventes. Nós que neste espaço falamos da história do futebol, hoje registramos com pesar este acidente que levou também jornalistas esportivos, dirigentes, tripulantes e que entra para a história como uma marca triste.Um jovem time, sem estrelas e grande conjunto, que surpreendeu a todos, tanto em campo, com tamanha raça que os levou a uma decisão sulamericana, quanto na despedida, trágica em meio a uma ascensão meteórica, que nos faz lembrar dos Mamonas Assassinas, mortos no auge da fama, e sem chance de saborear o sucesso por mais tempo. Que descansem em paz.

 

A Bola que Pariu