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09.02.2017

Postado por Raisa Rocha

2017 inicia com desafios para o Grêmio

Flamengo 2×0 Grêmio – Copa da Primeira Liga

A semana não vai bem. Derrota sem reticências para o Caxias, Renato Gaúcho não viajando com a equipe para o jogo de Brasília e Douglas fora por 6 meses. Dentro disso, a derrota para o Flamengo foi o menor dos problemas.

Antes de seguir para o jogo, uma palavrinha sobre Renato. Me contraria veementemente esse episódio de nova permissividade ao Renatinho, guri genioso, talentoso e mimado que faz o que bem quer pelos corredores da Arena.

Enfim, por ora os pouparei de mais comentários a respeito. Espero não ter de repetir o “eu avisei” em um futuro próximo, veremos.

Foi nessa nuvem negra que entramos em campo com Grassi, Léo Moura, Thyere, Bressan e Cortez; Arthur, Kaio e Michel; Fernandinho, Everton e Miller Bolaños. Um time misto que, ao menos nos torcedores, causou curiosidade e interesse.

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Os comentários gerais de ontem retratavam um Flamengo absolutamente superior. Eu, sinceramente, não vi este jogo. Sim, no geral os cariocas foram melhores, mas o tricolor gaúcho não foi só passividade e os momentos de posse de bola foram revezados na partida. É bem verdade que no primeiro tempo o Fla deu campo para o tricolor sem dar espaços, mas é bom registrar que também tivemos ímpeto e qualidade em algumas situações, principalmente antes de sofrer cada gol. O jogo em si foi bem disputado, no início o Flamengo foi incisivo e intenso, mas fisicamente padeceu ainda na primeira etapa.

Renato muito se gaba da bola aérea defensiva, desde o ano passado. Pois bem, parece que o fantasma voltou, renovado. Em dois minutos Bressan já tinha entregado e duas bolas altas poderiam muito bem ter ido para as redes. Só não foram mais felizes porque é de Pará que vêm as bolas cruzadas…

Pelos 15’ de jogo o time do Grêmio se soltou e até lembrou o titular, já que a forma de jogar está impregnada nos jogadores do clube. O tricolor ia bem, talvez um empate pro primeiro tempo fosse o placar mais justo. Mas, em futebol muitas vezes não há justiça e, em outras várias, um único jogador muda os rumos. Para o bem do Flamengo e mal do Grêmio, ontem foi o dia de cão de Bruno Grassi, que vestiu luvas de alface.

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Falemos de alguns jogadores:

Arthur, me perdoem a heresia, lembrou um “Geromel volante”; certeiro na antecipação e no bote, de ótima saída de jogo. Em se tratando da função em campo, pode se credenciar a substituir Walace caso repita as atuações, caso Jaílson fraqueje. Para fechar a trinca dos volantes, Kaio não ajudou nem atrapalhou grandes coisas, Michel sentiu a estreia.

Nas laterais, Léo Moura foi na média do esperado. Experiente, conhecedor das coisas e do Flamengo, não escutou as vaias e mostra que na ausência de Edílson não teremos tantas dificuldades. Gostei da postura, das investidas e das triangulações com Kaio. Cortez, pela esquerda, é do tipo ofensivo e todos já sabíamos. Foi assim que ele mais apareceu, driblando e indo pra cima dos defensores e com qualidade pra sair jogando. Mas bem sabemos que desbancar Marcelo Oliveira, agora de contrato renovado, é missão difícil.

Desde que chegou, Renato adicionou o expediente dos chutes de fora da área. Me lembra o Ramiro contra o Palmeiras, gosto…! Ontem teve mais, de Miller, de Everton. Os dois, aliás, não estiveram tão bem. O equatoriano estava fora de posição, ele é do tipo que tem que ajudar na construção da jogada, na faixa que Luan habita. Já o Cebolinha tem errado muitos passes e dribles, que ele recupere a estima logo, foi e é muito importante pro time. Fernandinho não tem a minha simpatia e pouco faz para reverter o quadro. Sobre Jael, difícil crer que ele possa se transformar em algo mais do que era Bobô, por exemplo. Fico na expectativa pelo peruano Beto.

Ah, e que merda é esta de virar o adversário perfeito pra estreias badaladas do mengão? Em poucos meses nos tornamos inesquecíveis para Diego, Damião (esse já bem conhecido dos tempos em que vestia vermelho) e agora Berrío? Fala sério, né…

Que as pequenas turbulências no Humaitá sejam logo contidas, pela raiz. No ano em que tínhamos tudo para começar bem e com calma as coisas não podem se desorientar tão facilmente e em tão pouco tempo. Muita calma nesta hora. Que a rigidez adotada nos assuntos econômicos seja aplicada igualmente no futebol. Um comando no vestiário que queira trabalhar é o que precisamos agora. Ainda está muito cedo, mas logo menos o conserto pode vir tarde demais.

 

Fotos de Francisco Stuckert/Raw Imagens/Lancepress

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