03.02.2017
Postado por Raisa Rocha
Como é difícil viver sem ti, Grêmio
Grêmio 2×0 Ypiranga – Campeonato Gaúcho 2017
Bá, que saudades de te ver jogar, meu Grêmio! Tricolor, Imortal, Rei de Copas, o vazio é imenso sem poder te alentar, independente do adversário, do horário, da competição, das condições em que tu está. Dá até uma bobeira só de ter a nossa camisa bailando num gramado verde. Sem medo de ser feliz eu ria e aplaudia a televisão enquanto, entre um copo de cerveja e outro, assistia ao jogo.
É claro que deu Grêmio e que jogamos bem. Sem ressalvas, sem esplendor, a estreia ocorreu como tinha de ser. Não digo isso por ser gremista, oras, é porque é o mínimo a se esperar dum time que entra o ano praticamente sem alterações na base titular. E é daí pra mais. Já deu pra ver algumas coisas de Renato, mas eu acho desperdício de tempo, meu e vosso, analisar grandes coisas neste princípio de temporada.
Alguns apontamentos:
Tem jogada aérea! Já no ano passado se via essa intenção e agora, com tempo para treinar, começa a acontecer. O primeiro gol saiu de uma sequência de escanteios e cruzamentos de perigo para a zaga adversária, na pressão. Um time vencedor precisa decidir as partidas numa falta, num chuveirinho, há de se ter alternativas ao joga bonito pelo chão (que continuamos fazendo com primor).
Luan jogou ao seu melhor estilo, pra mim o melhor em campo. Interessado, se movimentando por todos os lados, ligadão, jogou muito e já apanhou um bocado. É um líder técnico que carimba todas as nossas jogadas. Este ano, a tentativa de Renato gira em fazê-lo jogar também como um armador, pra além do já conhecido talento com liberdade para flutuar.
O espírito mordedor na marcação se manteve. Kannemann e Geromel se entendem como um casal, nada mudou. Ramiro, Maicon e os laterais, todos eles fechando bem as linhas. Na saída de bola adversária, pressão. Nada disso é novidade, mas começar o ano já com este espírito é sempre bom.
Douglas foi outro que, apesar da falta de ritmo e fora do peso, voltou de onde parou. Ativo, aparecendo em todas as jogadas, o maestro tá com fome de bola. Ele é do passe fino, milimétrico e errou bastante, mas dá 5 jogos pro cara e acabou o problema.
O segundo gol foi no jeito, o jeito do Grêmio; na troca de passes, quando quis acelerar, tranquilo, pra lá e pra cá até o Fernandinho e caixa. O time de Erechim já estava morto, mas Gauchão é assim mesmo, quem vem pro campo só pra marcar uma hora fica sem gás.
Aliás, na falta de mais assunto, muita gente hoje resolveu enaltecer Fernandinho. Eu, sinceramente, só vou me dedicar a falar sobre SE conseguir repetir boas apresentações em sequência.
Era visível a intenção de se poupar, dar uma segurada quando possível. Começo de ano é assim mesmo, devagar. Sem ser brilhante o Grêmio dominou a partida sabendo quando e por onde forçar. O Ypiranga teve seus momentos, principalmente após o nosso 1×0, nada anormal. Início de temporada não deve ser parâmetro para a maioria das coisas, mas já de cara tivemos muitos acertos, que são frutos da continuidade. E é aí onde reside o motivo que nos faz empolgar, na continuidade.
Está só começando, que bom que tu voltou, meu Grêmio. Agora é descansar, tou só pelo domingo!
Fotos de Lucas Uebel/Grêmio FBPA
