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06.02.2017

Postado por Raisa Rocha

Sem dramas!

Caxias 2×1 Grêmio – Campeonato Gaúcho 2017

Em Caxias do Sul, num calorão de domingo, perdemos pro Caxias. À noite, antes de dormir, eu lia as notícias, crônicas e comentários dos gremistas pós jogo e de repente me deu um nervoso, subiu um calor, um pânico. Aí eu voltei à realidade e ufa, eram só os mesmos de sempre falando o de sempre…

É bem verdade que o Grêmio titular foi bem preguiçoso, pra dizer o mínimo, no segundo jogo da temporada e sabendo que vai descansar na quarta, quando os reservas enfrentarão o Flamengo pela Primeira Liga.

Após o jogo anterior eu frisei que este início não deve ser parâmetro, nem nos acertos, nem nos erros.

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Tá certo que a gente quer esmagar os “pequenos”, engatar várias vitórias e só lá pela quinta ou setima rodada ser derrotado. Mas, pra mim, está tudo dentro dos conformes

Vi um time timidamente melhor que o de quinta nos passes, mais ajustados. Mas é difícil avaliar este quesito quando Douglas e Luan estiveram tão abaixo – justo eles, os que mais jogaram na quinta… é o futebol!

Agora, é preciso assumir o deslize e o descaso coletivo com a partida. E é aí que tá a coisa. Quanto espaço demos! Nas jogadas aéreas e nas sobras, desatentos. Kannemann em tarde infeliz – temos todos. O time parecia se conformar com a derrota por 2×0 que veio à cavalo, “de uma hora pra outra”, num segundo tempo onde o Caxias era melhor, depois de dificultar o tricolor já na primeira etapa.

Ah, foi pênalti e não falarei mais sobre este lance ou a vergonhosa reação dos nossos cartolas. Sempre o mesmo mimimi!

Um alerta:

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Eu gosto, e muito, de termos força nas jogadas aéreas, mas me preocupa a ideia de abdicar do toque e posse de bola. O jogo no chão do Grêmio é reconhecido por todo o Brasil como nosso diferencial e não pode, jamais, ser deixado de lado.

O time de Roger tinha uma impetuosidade quase juvenil, todo lance era pra frente, mesmo que pecando na objetividade. Renato manteve a fome e colocou verticalidade pra chegar ao gol, com ele não precisávamos mais de 30 toques na bola. Agora, neste princípio das coisas, o que vejo é enrolação de 2 minutos pra pra bater uma falta, escanteio ou lateral.

Alerta dois:

Já começam a praguejar Renato e, atentem-se, estão todos muitíssimo dedicados a definir a pauta do semestre: uma rivalidade entre Renato, o semi treinador arrogante, e Miller Bolaños, um craque injustiçado.

Não entrem nessa!

Não tou aqui defendendo a manutenção do equatoriano no banco de reservas. Honestamente, também não entendo. Compreendo que Ramiro, Pedro Rocha e Everton estejam à sua frente, é a verdade da bola e não se discute. Mas seja lá se estamos falando de mérito ou hierarquia, ele é o próximo da lista do meio de campo e do ataque, com certeza e até que provem o contrário – o que não parece ser o caso, visto que já entrou metendo gol e Fernandinho ou Jael, me poupem…

Leonardo Gomes não terá vida longa na lateral direita com a camisa do Grêmio. O rapaz é insuficiente pra função em time de tal grandeza.

É claro que ninguém queria perder, suponho que muito menos os jogadores em campo. Mas não houve e nem deveria de haver desespero, insônia, se jogar pro ataque à qualquer custo e equivalentes.

E, destaco, não estamos esperando ou precisando de novidades aos montes. O Grêmio de 2017 é um projeto de continuidade, assim desejo e imagino, e os ajustes se darão sem pressa, na naturalidade, paralelo à busca do melhor estado físico. Vou com esse otimismo pra esta semana, lembrando que é só o segundo jogo.

E dale Grêmio neles!

 

Imagens de Lucas Uebel/Grêmio FBPA

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