Venha, clássico!

Não quero passar uma falsa impressão de confiança porque, na verdade, estou bastante receosa com este GREnal.

No contexto, não haveria porquê. O Grêmio é campeão da Copa, e vocês na Série B. Mas futebol não é nada disso, não são previsões, não é exato. E também, 2016 já passou. Futebol é no campo, nos 90 minutos. Um erro numa saída de bola, uma má interpretação da arbitragem, uma bola na trave, uma jogada individual, qualquer coisa pode sempre se sobressair ao time mais organizado, de elenco mais caro, que disputa a primeira divisão.

Diego GuichardGloboesporte.com

Do lado de lá, dizem que o Inter começa a se encontrar. Oras, é bem pouco, sabemos que recém venceu sua primeira partida no estadual. Porém, a humilhante jornada recente do rival pode ser convertida em exepcional motivacão. E motivação pode não ganhar campeonato, mas ganha jogo sim senhor. Tem também um tal de um argentino que vai voltar a apitar, digo, a jogar o maior clássico. Não posso e nem nunca negarei o valor do cara nesses momentos.

A verdade é que o Grêmio ainda não se encontrou neste ano. Nem na parte tática, muito disso por conta das alterações forçadas no meio campo titular, nem na parte psicológica. Aquela gana em cada bola e a marcação apertada desde os primeiros centímetros de campo, ainda não vimos.

Até Geromel e Kannemann, intransponíveis no ano passado, têm sentido as dificuldades na cobertura e saída de jogo de uma dupla de volantes ainda indefinida, visto que Jailson não botou a vaga debaixo do braço e tchau.

Se coletivamente o time padece, as individualidades têm se sobressaído. Grohe chega em alta após ser decisivo na partida anterior, pegando pênalti e tudo. Ramiro, um dos únicos que está em nível semelhante ao que estava quando levantou a Copa. E, claro que ele, Miller Bolanõs. O equatoriano vem sendo aquilo o que sempre soubemos que poderia ser e que por forças do destino precisamos de quase um ano pra ver. Quebra eles, The Killer!

Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Luan ainda não teve uma grande partida, que ver os morangos em campo acorde o guri. E eu, particularmente, há longa data anseio pelo dia onde ele e Miller estarão em entrosamento perfeito.

Tem também o Lincoln, de quem mais desconfio do que cobro e não espero muita coisa. Melhor assim, dizem que é de onde se menos espera que o melhor aparece. Quero muito ser surpreendida pelo guri.

Pedro Rocha renovou. Sabemos que o guri não é um craque, mas é bom jogador, tem ainda a evoluir e foi essencial na conquista da Copa do Brasil. Então, ao que se indica, pode entrar em campo e ajudar, confiança ele tem.

E por fim, a mais nova novidade, Lucas Barrios. A estreia provável tem muito mais importância pra torcida e pra repercussão posterior do que exatamente em campo, com tão pouco tempo com o grupo. Mas, e se o cara é de estrela? E se ele entra e já deixa o dele?

Precisávamos voltar a vencer clássicos e voltamos. Com doses de crueldade (5). Agora, precisamos de um homem Grenal. As vagas estão abertas, os candidatos são vários. Vamos tricolor!