Na Vila, é de virada

O Palmeiras encerrou a semana da melhor maneira possível: vencendo o clássico contra o Santos, na Vila, quebrando assim um tabu de seis anos sem vencer na casa do rival.

Entramos com um time bem ofensivo, como havia prometido Eduardo Batista.

O Verdão começou o jogo na Baixada no esquema 4-1-4-1, com Keno aberto pelo lado direito ao lado de Guerra. Ele inverteu com Dudu, que iniciou a partida ao lado de Tchê Tchê pela esquerda em algumas oportunidades ao longo da primeira etapa.

Ao mesmo tempo em que criava boas chances no ataque, esbarrávamos nas defesas de Vladimir e acabamos dando espaço do lado esquerdo. Mas tínhamos nossa muralha Fernando Prass, que fez defesas incríveis e segurou o zero no placar durante o primeiro tempo após duas bolas na trave.

Uma das principais peças do equilíbrio palmeirense no primeiro tempo foi Alejandro Guerra, uma vez que praticamente todas as jogadas passaram pelos pés do venezuelano, que também foi importante na recomposição defensiva.

A saída de Guerra para a entrada de Egídio e o deslocamento de Zé Roberto para o meio, mais recuado e ao lado de Felipe Melo prejudicaram o Palmeiras, o adversário cresceu e saiu na frente.

Porém, Eduardo Baptista percebeu e imediatamente chamou Willian para substituir o já desgastado Zé Roberto. Antes, já havia renovado o ritmo de seu ataque trocando Keno por Róger Guedes, o que deu muito certo, em ambos os casos.

Foi Guedes quem encontrou Jean na área, na finalização cruzada que empatou o jogo para o Palmeiras aos 40 minutos do segundo tempo. E foi o mesmo Guedes que deixou Zeca na saudade, em jogada de velocidade pela direita para cruzar na direção de Willian, que sacramentou a vitória, aos 42. De fato, foram substitutos decisivos.

Mais uma vez mostramos a força do nosso elenco, sofremos quando necessário.

Vencemos o Jorge Wilstermann com gol aos 50 minutos do 2º tempo. Precisamos de dois para virar sobre o Santos em um estádio onde esse tabu de não vencer já incomodava. Além da boa vitória, veio também a classificação para as quartas de final e a “cara de mata-mata” da equipe está cada vez mais evoluída.

Vencer o Santos de virada, na casa deles, foi essencial para o Palmeiras. Além do jogo maravilhoso, a equipe saiu de campo ainda mais confiante para os próximos duelos. Após a partida, Felipe Melo respondeu às provocações da torcida santista e relatou que “A gente está acostumado a jogar em caldeirão. Nunca vi caldeirão com 8 mil pessoas. Caldeirão é lá no Chiqueirão.”. Realmente, Felipe Melo, no Allianz é outra coisa.

Avante, Palestra!