17.04.2017
Postado por Ana Clara Costa Amaral
América 1×1 Cruzeiro – Semifinal Campeonato Mineiro 2017
Viva o Rural
Apesar do cansaço do time, apesar do Mineiro não ser o momento mais esperado da temporada e do desamor de muitos cruzeirenses e atleticanos em chamá-lo de “rural”, a gente quer é a vitória. Não é acessório. Queremos e muito chegar à final 2017, nem que seja num pasto, com muito orgulho. Pra comemorar título ninguém se importa se é champagne ou cachaça, principalmente a enorme torcida do Cruzeiro no interior de Minas. Vamos deixar as desculpas para o outro lado e honrar a camisa, o campeonato não é lá essas coisas mas a gente quer sim senhor.
Jogo!
Dito isso, podemos dizer com a devida contextualização que o empate ficou de bom tamanho. A torcida cruzeirense enfrentou o território inóspito do estádio, no setor poleiro do Independência e com a infeliz política de ingressos absurdos para os visitantes. A crítica fica fora de lugar, já que sabemos que domingo que vem a torcida visitante terá condições semelhantes no Mineirão, pelo menos no que se refere ao preço dos ingressos…
Já em campo, não que tenha pouca importância ou que não sejamos capazes de mais, mas o fato é que o time estava cansado e se poupando conscientemente. Faz imaginar se não deveria o próprio técnico ter poupado alguns jogadores fundamentais – Arrascaeta, Thiago Neves – para o jogo da volta contra o SPFC. O elenco dá conta disso.
Talvez só o cansaço não justifique. O time não só não tinha forças para criar como falhou um pouco mais do que o normal no posicionamento defensivo. Faltou alguém gritar “ladrão!” pro Ariel Cabral acompanhar a jogada até o fim – mas ele encasquetou, a bola atravessou lenta e tranquilamente toda a área, deixando Messias fazer o gol, aos 16 minutos do segundo tempo.
Sim, levamos um gol do Messias no domingo de Páscoa. Pintava aquela velha tendência do Cruzeiro de ressuscitar defunto…
O volante se redimiu poucos minutos depois, em um passe desengonçado/criativo para Diogo Barbosa, que cruzou para Thiago Neves anotar mais um com a camisa do Cruzeiro. TN30 tem ajudado na marcação, dá assistência pra Pratto fazer gol contra, pra Arrascaeta fazer gol, bate bem faltas e escanteios… só falta fazer chover.
Assim como o lateral, ele tem sido o termômetro do time.
Fábio no banco – até Mano sabe quando…
Ainda bem que temos um técnico com peito. Haja caixa para segurar a marra de Fábio, que disse publicamente que precisa de chances no time titular para que haja coerência. Ele tem sua lógica, mas o cara jogando no lugar dele hoje, e está jogando muito, ficou 7 anos no banco vendo este mesmo Fábio jogar. Para um jogador que é líder, pega muito mal.
Felizmente, Rafael deu respaldo à escolha do Mano e fez duas defesas MARAVILHOSAS. O empate é de bom tamanho porque ele é devido ao nosso goleiro. Rafael não pode ter nada menos do que o prêmio de melhor goleiro do campeonato. E, apesar da cara de pau da maior rádio mineira em considerar o árbitro o melhor em campo (oi??), fica aqui o nosso reconhecimento!
Na entrevista coletiva após o jogo, Mano reconheceu a atuação e pôs fim ao suspense ao confirmar Rafael titular contra o SPFC e também na reta final do Mineiro. Nada mais justo com o goleiro e nada mais sábio do que acabar de vez com especulações. O professor já se manifestou em público e se Fábio quer mesmo entrar para o rol de ídolos imortais do Cruzeiro, vai ter que trabalhar pianinho. Bola pra isso ele tem, agora, é hora de mostrar que tem caráter.
Ler mais da Ana Clara Costa Amaral
Ler mais do Campeonato Mineiro