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09.04.2017

Postado por Ana Clara Costa Amaral

Início promissor

Estreia na Sula

Com o time confiante após vencer o clássico contra o Atlético, o Cruzeiro estreou na Copa Sul-Americana. O time começou tocando a bola, impondo o mando de campo. Depois de algum tempo distante de uma competição internacional, contra um Nacional do Paraguai apenas mediano, o Cruzeiro administrava a bola no campo do adversário, buscando criar espaços  e finalizações.

O Nacional jogava em função de contra-ataque e o jogo era franco, mas foi em uma bola parada que sobrou para Santana cabecear para abrir o placar, sem chances para Rafael. Uma rara falha do goleiro, que estava adiantado.

Resultado que deixaria o torcedor preocupado já que foi a primeira vez na temporada em que realmente tivemos que demonstrar poder de reação. Mas o Cruzeiro mostrava vontade nas jogadas para conseguir o resultado, deixando por vezes a defesa um pouco desguarnecida. Com um passe preciso, “Arrascaneta” aos 25′ do primeiro tempo infiltrou para Thiago Neves, que girou e bateu certeiro no canto. O meia parece mais confiante depois de ter desencantado no clássico e fez talvez sua melhor partida no ano.

O time estava bem na partida, o maestro Arrascaeta organizava o meio de campo. Sóbis ajudando na marcação e presente no ataque, Rafael sendo exigido em algumas defesas difíceis. Cruzeiro empenhava um papel maduro diante de um início complicado, demonstrando que temos o esquema tático já definido para o primeiro semestre.

Vinnicius Silva / Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro

Vinnicius Silva / Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro

Num segundo tempo morno, o Cruzeiro demonstrou cansaço, o que também tem sido uma constante. Felizmente nosso artilheiro que esquenta banco, Ábila, entrou e decidiu o jogo, ganhando a bola na disputa de corpo, com raça, para driblar o goleiro e bater com categoria para o gol.

Foi uma vitória digna do Cruzeiro copeiro dos anos 90, e é isso que o torcedor espera da competição: reviver nessa Sula os idos da Supercopa. Sabemos que poderemos contar com Ábila e que é melhor não contar MESMO com o Mayke.

Fim da moleza

Já na matinê deste domingo, terminamos com chave de ouro a fase classificatória do Mineiro. Com o time reserva em campo, o Cruzeiro bateu por 2 a 0 o Democrata de Valadares, com gols muito importantes pra sequência da temporada: Dedé fez o primeiro da partida, também o primeiro após seu retorno aos gramados. Ábila fechou a conta no segundo tempo, em pênalti bem batido, mantendo a média alucinante de gols que apresenta desde o ano passado.

Washington Alves/Cruzeiro

Washington Alves/Cruzeiro

A cereja do bolo ficou por conta da “estreia” de Fábio. Ele não chegou a ser testado de fato, mas pela reação da torcida, a disputa pela titularidade no gol vai ser difícil. A geração mais nova parece ter verdadeira idolatria por ele, mas Rafael não dá muita brecha.

Que venha a segunda quinzena!

Festa pra torcida e moral pro elenco que emendou 3 vitórias seguidas neste início de mês. Após uma queda de produção em março, recuperamos a performance em um momento crucial de jogos decisivos a vista, com a dupla Arrascaeta e Thiago Neves finalmente afinada.

Washington Alves/Cruzeiro

Washington Alves/Cruzeiro

Não esperamos menos do que o troco no América-MG, que nos eliminou nas semi do ano passado, e superar o São Paulo nos jogos pela Copa do Brasil. Que Mano Menezes ponha a mão na consciência e mantenha Rafael titular no gol contra o São Paulo, no mais, o time está definido. Nenhum dos times esperava ter um duelo desse calibre já nessa fase da competição e qualquer saída será prematura, mas se as deusas do futebol assim determinaram, que seja a saída deles.

 

Por Ludmila Meireles, Cristiana Guimarães e Ana Clara Costa Amaral, do Coletivo RAP Feministas

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