14.04.2017
Postado por Ana Clara Costa Amaral
É oficial: O Cruzeiro copeiro está de volta!
São Paulo 0x2 Cruzeiro – 4ª Fase/Copa do Brasil 2017
Cruzeiro x São Paulo é um clássico. Um clássico sul-americano, por que não? O São Paulo tem 3 Mundiais, 3 Libertadores, 1 Sulamericana, 2 Recopas, 6 Brasileiros, etc, etc, etc. O Cruzeiro tem 2 Libertadores, Melhor Time do Século XX, 2 Supercopas, 1 Recopa, 4 Brasileiros, 4 Copas do Brasil e 2 Torneios Sul-Minas, etc, etc, etc… UFA!
Um jogo de tantos títulos não poderia ser morno! Os dois times fizeram um primeiro tempo equilibrado, muita correria, lá e cá. O time do São Paulo tentava, chutava a gol, tinha a posse de bola e corria mais. O Cruzeiro era impecável na marcação e avançava quando os dois volantes do São Paulo subiam. Jogo truncado, como diriam os narradores da rádio! E ficou nisso, 0x0. Chegando pra um segundo tempo em que o Cruzeiro deu o bote.
Na segunda metade ficamos mais soltos, Mano liberou o time pra atacar mais, ao contrário do que o treinador costuma fazer nos segundos tempos. E olha que um 0x0 no Morumbi não era mau resultado.
Mas parece que ele ontem havia tomado uma dose de ousadia. Mais soltinho até na entrevista e isso refletiu em campo.
O time do São Paulo começou a ficar nervoso e se desequilibrou (com o aval pra bater do juiz) após o gol contra de Pratto, em mais uma assistência para gol contra de Thiago Neves. É a terceira dele no ano! O argentino, numa cabeçada fulminante fez um belo gol contra pra Raposa, indefensável.
A zaga do São Paulo parecia não acreditar. Esperava-se que eles fosse mpra cima, mas Mano engoliu Rogério Ceni na segunda etapa. Não havia espaço para a reação tricolor, mesmo ajudado pela arbitragem. Que, aliás, não expulsou dois jogadores do SPFC que carregaram e jogaram Ábila pra fora de campo.
A disparidade tática estava ali pra todo o mundo ver e individualmente manteve-se o nível das partidas anteriores. Ábila não fez um ótimo jogo, mas fez o máximo que poderia dentro do esquema de marcação baixa.
Marcamos o segundo gol em mais um lançamento de Thiago Neves pra área, onde Hudson cabeceou com força no canto. Aliás, Hudson acertou tudo o que fez. O jogador não quis comemora, pois ainda é jogador do São Paulo. Bom, comemoramos por ele!
Campo paulista, torcida do Cruzeiro impedida de entrar no jogo – os ingressos de visitantes começaram a serem vendidos duas horas antes do jogo e após uma hora já haviam acabado. Cambistas faziam a festa e repassavam aos torcedores ingressos por mais de R$ 150,00, que originalmente custavam R$ 50,00. Socorro-mas-quem-nunca?
Vale lembrar, o Cruzeiro estava sem 4 titulares absolutos; casos de Henrique, Robinho, Sóbis e Ezequiel. Foi, por tudo isso, uma noite memorável!
O time pode não estar jogando como em 2013 e 2014, mas em se tratando de mata-mata, é um ótimo presságio. Livres do pé frio de Marcelo Oliveira, temos, oficialmente, tudo o que um time copeiro precisa.
Fotos de Marcello Zambrana/Cruzeiro
Por Cristiana Guimarães e Ana Clara Costa Amaral, do Coletivo RAP Feminista.
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