Corinthians, Campeonato Paulista
08.05.2017
Postado por Marcela Ferroni
Corinthians 1×1 Ponte Preta – Final do Campeonato Paulista 2017
Em maio de 2017 iniciava a reedição da final do Campeonato Paulista de 1977, quase quarenta anos depois, Corinthians com uma vantagem considerável, diferente da anterior… Muito se falou durante a semana, tanto das comparações entre as duas edições quanto da vantagem do time da casa e da imprensa que o considerou a “quarta força” do campeonato.
E eu pensando no que ainda teria para falar…
Enquanto o jogo acontecia, fui pensando a bobagem que considero essa polêmica toda em torno do Corinthians ter sido considerado como a “quarta força” do campeonato, afinal desde quando favoritismo por ele só ganha jogos e título?
No campo, a Ponte Preta tentava abrir o placar para uma vitória histórica (o primeiro título “importante” em seus 117 anos e pelo tamanho da virada), mas o que se via era o Corinthians mais agudo, tendo três chances claríssimas de gol no primeiro tempo, uma com direito a bola na trave. Apesar de a Ponte ter terminado com mais posse de bola, o jogo do Corinthians era bem seguro, Cássio não sofreu de nenhuma forma.
Enquanto o tempo ia passando, o título ficava mais próximo, só faltava 45′ para a torcida recorde da Arena (46.017 torcedores) gritar ” É campeão”.
Também fiquei pensando na evolução do time durante o campeonato, na organização tática, principalmente defensiva (e para constar nos últimos dez Campeonatos Paulista o Corinthians foi o menos vazado em oito!), na melhora significativa do Jadson no meio de campo, na entrega do Romero, na importância do Jô…
E assim transcorria o segundo tempo, tendo como surpresa uma faixa levada pela torcida “Não vi o Basílio jogar, mas vi o Romero”, e parecia um presságio, pois quem abriu o placar foi Romero, o jogador muito questionado e definitivamente não excepcional, mas essencial para o esquema do Corinthians, e com o espírito que agrada a torcida: esforço constante e garra surpreendente.
Fiquei questionando a tal faixa, já que também não vi Basílio jogar, sei que ele tem seu papel fundamental por ter “tirado” (salvo as devidas proporções) o Corinthians da fila de 23 anos sem títulos importantes, mas há controvérsias, inclusive na família.
O tempo passava para que o primeiro título do Corinthians em mata-mata fosse conquistado na Arena.
Pensei em Carille, seu primeiro título como técnico em curta carreira, pensei nos embates maiores que estão por vir: Copa Sul-americana e Campeonato Brasileiro, para o qual o time precisa de alguns reforços e peças de reposição…
Enquanto tudo isso passava em minha cabeça a Ponte Preta conseguiu seu primeiro gol na final, o que não mudava nada naquela altura do jogo (40′), já que precisavam ao menos de mais três para levar aos pênaltis.
Ainda deu tempo de pensar nos adversários e em alguns representantes da imprensa desdenhando do título, isso para mim também é bobagem, afinal quem entra em qualquer disputa, que seja bingo de igreja, quer ganhar, senão nem entra, assim isso tudo parece dissimulação e sendo o Paulista o campeonato estadual considerado mais competitivo, significa muita coisa conquistá-lo.
Daí não deu tempo de mais nada, o juiz apitou fim do jogo e o Corinthians sagrou-se Campeão Paulista de 2017, seu 28º título, mantendo a hegemonia no Estado para delírio da nação corintiana presente nos quatro cantos do mundo.
Todos partilhando do estado de espírito que significa ser Corinthians!
Fotos de Marcos Ribolli/Globo Esporte
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