20.08.2017
Postado por Camila Souza
Grêmio 0x0 Atlético-PR – R21 Campeonato Brasileiro 2017
Acordei nesse domingo e descobri que estava rolando um campeonato de futebol. E mais, descobri que o Grêmio está disputando esse campeonato! Parece que se chama Brasileirão e até que estamos bem colocados. Vocês acreditam?
Brincadeiras à parte, duvido que exista um gremista nesse mundo que estivesse empolgado com esse jogo. Time reserva em um campeonato que, sejamos sinceros, ninguém se importa mais. Não sei se sinto pena ou dou os parabéns para as 15 mil almas que tiveram a coragem de comparecer à Arena nessa manhã fria de domingo para assistir esse 0x0 cagado. O jogo tinha tudo para ser horroroso. E foi.
Praticamente uma tortura os 90 minutos de futebol (se é que dá pra chamar de futebol aquilo que estava acontecendo). Se já não bastasse ser o time reserva, Renato começou o jogo com uma escalação toda torta do meio pra frente. Everton jogando de centroavante ao invés de estar na esquerda. Ali, no lugar de Pedro Rocha, aonde Éverton deveria estar, jogou Fernandinho. E como já sabemos e repetimos diversas vezes aqui, Fernandinho só joga bem lá pela direita. E na direita, aonde Fernandinho deveria estar, jogou Léo Moura, meio perdidão em campo o jogo todo.
Aí tu pensa: “Poxa, mas o Beto da Silva finalmente está disponível pra jogar. Era só colocar ele de centroavante, Léo Moura na lateral, no lugar daquele horrível do Leonardo, e daí dava pra todo mundo jogar na sua sem fazer essa bagunça toda.” Mas aí a gente pensa mais um pouco e se dá conta de que não dá pra condenar o Renato nessa. Quem arriscaria de colocar Beto da Silva pra jogar tanto tempo assim? 99,9% de chance que sairia lesionado. Ok, Renato, dessa vez te entendi.
Jaílson, Lincoln e Kaio se tiverem seus contratos rescindidos amanhã não acharei exagero. Meu Deus, como são horríveis! Passaram o jogo todo se escondendo, não produzem absolutamente nada com a bola nos pés e ainda parecem completamente sem vontade jogando. Foi triste de assistir isso.
Marcelo Oliveira saiu lesionado mais uma vez. Longe de mim desejar o mal de alguém, mas não posso negar que nasce uma florzinha no meu coração quando isso acontece. Me dói ver esse cara jogando. Com a braçadeira de capitão ainda? Tenho vontade de chorar. Só não me irritei tanto com o Oliveira nesse jogo porque do outro lado tínhamos Leonardo. E são aqueles momentos que te fazem se perguntar como que pode certos jogadores chegarem ao profissional… Que menino horroroso! Não marca e nem apoia, deixou o lado direito virar uma avenida. Nikão fez a festa por ali, todos os ataques do Atlético foram em cima dele. Difícil ter que aguentar isso, sendo que tínhamos Léo Moura em campo. Graças ao bom Deus, Renato arrumou o time no fim do jogo, mas aí já não dava tempo para mais nada também.
Sobre Paulo Vitor, mantenho minha opinião de que “você está merecendo um banquinho, Marcelo Grohe”. PV tem uma reposição de bola impecável e hoje ainda deu uns esporros na defesa quando erraram alguma marcação. Grohe nunca xingou ninguém e isso sempre me irritou bastante.
Mas, enfim, falemos do que realmente importava neste jogo. O motivo pelo qual todos nós assistimos a essa tortura dividida em dois tempos de 45 minutos. MATHEUS BRESSANELLI. Este homem que tanto nos tirou a calma, que tanto xingamos, que tanto torcemos para ser mandado embora. Este homem que exige agora que até o mais ateu dos gremistas passe a acreditar em forças sobrenaturais.
Passei o jogo de olho neste menino, e fiquei feliz. Apesar da absurda falta de habilidade e vontade dos nossos volantes em campo, foi seguro e não falhou. Passou longe de ser o Bressan que conhecemos e isso é tudo o que mais queremos nestas duras semanas sem Geromel. Que Bressan não seja Bressan. Não precisa ser o monstro que é nosso Deus Geromel, não esperamos isso. É só não falhar, é só não comprometer.
EU QUERO TE AMAR, BRESSAN. ME AJUDA A TE AMAR.
Que Geromel do Céu nos abençoe.
Fotos de Lucas Uebel/Grêmio FBPA
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