06.08.2017
Postado por Thaianny Pontes
Guarani 0x2 Internacional – R19 Campeonato Brasileiro Série B 2017
Eu acredito que lá naquele longínquo dia 13 de março, inicio do nosso calvário na Série B, nenhum colorado ou até mesmo secador imaginava que o caminho seria tão pedregoso. Grande parte da imprensa gaúcha afirmava que o Inter iria passear em campo e ganhar todos os jogos facilmente por causa das grandes diferenças de infraestrutura e plantel, em comparação com os adversários que o colorado iria enfrentar.
Sabemos que a realidade foi bem longe dessa projeção. Desde lá, já passamos por poucas e boas. Foram 1620 minutos em campo, 23 gols marcados e 13 gols sofridos, uns 2 momentos fortes de instabilidade, 1 técnico demitido, 2 jogadores repatriados (um estava no Flamengo e outro no Inter B, completamente fora dos planos do time principal) e um número sem fim de cabelos arrancados e unhas roídas por parte da torcida.
E nesse sábado chegamos à ultima rodada do primeiro turno, animados pelas ultimas vitórias em casa, mas ainda sem total confiança no time e no técnico, para enfrentar o Guarani, no estádio Brinco de Ouro. O time foi escalado com Sasha e D’alessandro, uma dupla que tinha dado certo no jogo contra o Oeste. Camilo, que estreou no jogo passado e que a torcida queria ver jogar com o meia argentino, acabou ficando no banco.
Entretanto, os primeiros dez minutos de jogo não foram nada parecidos com o jogo anterior contra o Goiás. Quem mandava na partida e buscava fazer o gol era o time paulista, mesmo que sem causar grandes sustos. O Inter parecia um pouco perdido dentro de campo, não construía jogadas ofensivas e ainda fazia várias faltas, principalmente nas laterais, enquanto o bugre ocupava o campo colorado.
Passados esses primeiros minutos de apagão, o time colorado começou a se encontrar e impor o seu ritmo ao jogo. Pottker, que era vaiado a cada vez que tocava na bola por causa da sua identificação com a Ponte Preta, rival do Guarani, respondeu as vaias com futebol no pé. Foi dele o lançamento que resultou no primeiro gol colorado. Edenílson passou a bola para o camisa 99, que cruzou no segundo poste onde estava Eduardo Sasha, que matou a bola e chutou cruzado para dentro do gol. Aberto o placar, o Inter ainda teve mais algumas jogadas perigosas, com Damião e Winck chegando a frente.
Damião, que no jogo anterior, o primeiro após o retorno ao Inter, havia marcado um gol de pênalti, nesse desperdiçou pelo menos uns três gols imperdíveis. Em um deles chegou a driblar o goleiro, mas demorou a chutar e um defensor do time paulista tirou a bola de quase de cima da linha. No segundo tempo, após um contra-ataque puxado pelo Pottker, Damião recebeu a bola na entrada da pequena área, sem nenhum marcador, e mesmo assim acabou batendo a bola por cima da goleira. Após esta sucessão de erros, Guto chamou Nico López para entrar no seu lugar.
O segundo gol veio do lateral Claudio Winck, que é detestado por grande parte da torcida. A jogada começou com o camisa 29 colorado lançando a bola para Nico López, que estava na lateral do campo, driblou o jogador alviverde e tocou para Winck, que acompanhou o fim da jogada e empurrou a bola pra dentro das redes. Um segundo gol pra matar o jogo, garantir a tranquilidade e os tão sonhados três pontos, que garantem a permanência no G4 e deixam o colorado apenas 3 pontos longe do líder.
Com essa sequencia de vitórias do Inter, o torcedor começa a ficar mais confiante do futuro colorado. Parece que finalmente o Internacional começa a definir um padrão tático e o seu estilo de jogo. E também começamos a notar que o time tem um repertorio de jogadas, muito diferente do que vimos em outros jogos do Internacional, como nas sofríveis derrotas para Boa Esporte e CRB. Meu único desejo é que a segunda metade do campeonato seja mais tranquila do que a primeira, sem mais sustos e tropeços para garantir o retorno à Série A.
Fotos de Ricardo Duarte
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