21.08.2017
Postado por Alessandra Salgueiro
Palmeiras 0x2 Chapecoense – R21 Campeonato Brasileiro 2017
Domingo de muita chuva, mas a torcida compareceu, mesmo que em menor número que o habitual, para incentivar e gritar pelo Verdão.
Se a torcida sentiu as eliminações recentes, parece que os jogadores mais ainda, pois a cada dia caem mais de produção e deixam mais a desejar. E como gritou a Mancha: “muito dinheiro pra pouca obrigação”.
Já faz algum tempo que venho segurando a minha angústia, frustração e revolta com o meu Verdão. O meu alviverde imponente nem de longe parece ser o atual Campeão Brasileiro.
Hoje está difícil falar de tática, só consigo expor a minha indignação com esse time/elenco. Time sem alma em campo, time desorganizado, time que não chuta a gol e nem a bola aérea, que sempre foi o nosso forte, conseguimos acertar mais. Aliás, não temos um time, nunca sabemos quem vai entrar em campo.
Eu sempre elogiei nosso comandante, porém venho questionando suas opções ultimamente. Até acho que ele mexeu certo, tentando fazer uma opção mais ofensiva, mas não gostei da equipe que entrou em campo. Não consigo entender o Cuca escalar o Willian, voltando de contusão, e deixar o Keno no banco. Para mim, o camisa 27 é o substituto nato do Dudu, então entraria com ele pela esquerda, Guedes pela direita e o Borja centralizado. Apesar de o colombiano deixar muito a desejar, penso que era um jogo para ele e que precisa de uma sequência para readquirir a confiança. Ele entrou já na metade do segundo tempo, a bola não chegava e foi dele um dos únicos chutes da etapa complementar.
Michel Bastos foi lateral no início de sua carreira e hoje, nesse setor, ele fica mais perdido do que juízo de doido. Realmente não dá. Temos o Zé e até Egídio, que por mais que erre é muito melhor que o Bastos lá. Já pela lateral direita, Jean não é mais o mesmo e acho que com Mike o time joga mais ofensivo, com mais rapidez, com mais fluidez.
Nossa defesa sente falta do Mina, mas esse só volta em três meses e logo logo sairá em definitivo. Gosto muito do Thiago Martins, que é da nossa base e vem de uma cirurgia, logo deve estar à disposição. Dracena já não tem mais a mesma agilidade, mas do que temos a disposição, acho que ele é o melhor.
Pelo meio, Guerra e Moisés jogaram juntos pela primeira vez ao lado de Thiago Santos, que saiu no intervalo pra entrada de Tchê Tchê. Acho que aí poderemos ter um forte meio de campo, mas vão precisar de mais treinamento pra se entrosarem.
Resumindo, tivemos uma atuação medíocre, desastrosa. Vi um time sem brio, sem alma, sem tesão em jogar bola e faltou respeito aos torcedores que ali foram para cantar e incentivar o time mais uma vez. Simplesmente decepcionante o Palmeiras ao longo desse ano e foram poucas as boas atuações que tivemos.
Protestamos em não gritar o nome dos jogadores no início como de costume, no intervalo e após o término da partida. Os protestos foram entoados sob os gritos de “Não é mole não, muito dinheiro pra pouca obrigação”. Mas durante todo o jogo incentivamos.
O que me deixa mais triste é que não vejo o time melhorar e sim piorar após as eliminações. O próximo jogo será o clássico contra o São Paulo, em casa e precisamos vencer, convencer e afastar a crise. Precisamos nos manter no G4 e a classificação para a Libertadores 2018 é obrigação.
Mas, como torcedora que sou, estarei lá em todos os jogos, como sempre, junto com a torcida que canta e vibra. Acreditar sempre, mas confesso que está bem difícil ultimamente pelo andar da carruagem.
Fotos de César Greco/Ag. Palmeiras
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