13.11.2017
Postado por Raisa Rocha
Grêmio 1 x 1 Vitória – R34 Campeonato Brasileiro 2017
Na tarde deste domingo fomos a campo pelo Brasileirão, faltando 9 dias e 3 jogos para o momento mais importante das nossas vidas. Hoje, ainda nos restam duas partidas, contra São Paulo e Santos, e 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e TRI!
A partida foi disputada em Caxias, no Alfredo Jaconi, devido ao show dos britânicos do Coldplay na noite de sábado, na nossa Arena do Grêmio. Sendo assim, subimos a serra para lotar a cancha e em campo fardaram os melhores à disposição de Renato – ficaram em Porto Alegre os desfalques de Grohe, Edílson e os dois laterais esquerdos de origem, Cortez e Marcelo Oliveira.
No meio jogou um Jaílson confiante e voando, dando um ritmo mais veloz ao setor e sem pestanejar na retaguarda defensiva. Michel, que ainda está retornando de lesão, ficou no banco e a disputa para estar ao lado do monstro Arthur tem ares de mistério por parte de Renato. Nas laterais, pela direita Léo Moura e na esquerda Leonardo. Luan começou um pouco perdido e foi soltando toda a sua graça ao longo da partida. Ramiro, o motorzinho, esteve em todos os lados como sempre. Fernandinho jogou pela esquerda, com o muito pouco que conhecemos. No comando de ataque Barrios de volta, em tarde discreta. Na meta Paulo Victor, que de maneira impressionante passa muita segurança a todos nós. Na frente dele a melhor dupla de zaga que você respeita e que foi quase soberana. Digo quase porque num lance raro Geromel falhou na interceptação e dali houve progressão do adversário pelo meio da nossa zaga. Patrick caiu na entrada direita da área e bateu cruzado pras redes, aos 16′.
Gol deles. Mas o Rei de Copas é o melhor futebol do país, um time encaixado, de esquema de jogo impregnado e superior a quase todos os seus adversários. Quando é assim, dois minutos depois o lateral direito Leonardo, que não fez uma partida sequer com dignidade na sua posição, é deslocado pra via esquerda e faz uma jogadaça que termina em cruzamento na medida pro Fernandinho subir bonito e cabecear pras redes.
Depois de sofrer o empate o Vitória não conseguiu ver a cor da bola por algum tempo, totalmente dominada pelo Grêmio. Mas o time baiano não abdicou de buscar o jogo e foi incisivo como conseguia, principalmente pelas atitudes de Neílton, Tréllez e David. Porém, apesar dos sucessos e de fazerem Paulo Victor jogar, com Kannemann e Geromel pela frente a vida fica mais difícil.
O primeiro tempo foi bom, gostei da intensidade do tricolor e da efetividade das trocas de passes rápidos e triangulações, que funcionaram muito bem no meio e, pasmemos, com Leonardo pela esquerda. Te cuida, Oliveira! Também tivemos um alto índice de lançamentos, infiltrações e passes longos bem sucedidos. Se repetiram também as tentativas de jogadas aéreas, uma arma forte e que deve ser aprimorada pro momento crucial da temporada.
A segunda etapa voltou no mesmo ritmo, de jogo aberto. O tricolor com um pouco menos de posse e o Vitória aproveitando os espaços em retomadas velozes, já que ao tentar trabalhar a bola esbarravam em nossos marcadores. A partida parecia se equilibrar quando aos 12′ de jogo o Ramiro tomou uma do Fillipe Souto, que viu o cartão vermelho empunhado em sua direção. E aí, amigos… A infração e a punição foram duvidosas, mas irreversíveis. E o Grêmio foi pra cima empilhando tentativas, atormentando o goleiro Fernando Miguel.
Aos 20′ entrou o Everton na do Leonardo, que deixou a esquerda pro Fernandinho. Na busca pelo gol, Jaílson saiu aos 30′ pra Jael fazer companhia à Barrios, mas esta não foi uma boa tarde para nossos centroavantes. O tricolor era todo “pressão” em infiltrações pelo meio e pela lateral de Léo Moura, que não conseguia encaixar a assistência. O ímpeto seguia forte, com o campo alvinegro povoado de tricolores em uma barricada difícil de penetrar.
O apito final foi dado aos 49 minutos, com o placar cravando a igualdade entre os dois times.
Não há motivos para reclamar displicência ou desinteresse do tricolor na partida. O resultado é mérito do Vitória, que fez jus a sua alcunha de visitante indigesto da temporada e foi bravo, segurando o Grêmio com um jogador a menos. Pelo nosso lado, já não acredito em título desde a derrota para o Corinthians lá no primeiro turno, em junho. Somamos um ponto, deixamos dois pelo caminho. Quem se importa? Ninguém se lesionou, a América é logo ali e o relógio vai correndo rápido. Vamos, tricolor, queremos a Copa!
Fotos de Rodrigo Rodrigues/Grêmio FBPA
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