10.11.2017
Postado por Mariana Moretti
São Paulo 2 x 2 Chapecoense – R33 Campeonato Brasileiro 2017
Nessa noite de quinta-feira, o São Paulo vestiu o uniforme preto no Pacaembu para jogar contra a Chapecoense, e não por acaso. Aqui jaz a sequência de três importantes vitórias para o Tricolor Paulista, que como enfatizado no texto da Jéssica Gomes, pasmem, não tínhamos desde 2015. Tivemos que correr atrás do resultado para não sair no prejuízo ainda maior de uma possível derrota para o time de Santa Catarina. Foram dois tempos de luto, mas um luto de duplo significado graças à torcida tricolor, que é a grande responsável por esse time dar mais passos pra frente do que “meia volta, volver”. Se o time estava de preto simbolizando o luto, a torcida encarnava o verbo lutar.
No primeiro tempo o São Paulo teve quase 70% de posse de bola, e apenas 5 finalizações, sendo 4 de Hernanes, nosso artilheiro. Mais uma vez, mesmo dominando o jogo, pouco foi criado pela lateral direita representada por Araruna, no lugar Militão, se recuperando de lesão. Petros quase fez o seu aproveitando o erro do goleiro Jandrei, tal lance poderia ter relembrado o fatídico “gol de bunda” de Dagoberto na Libertadores de 2009. Pena que não aconteceu novamente…
Saudades, Libertadores!
Marcos Guilherme teve boas chances de gol, a mais clara aconteceu em uma falta cobrada por Hernanes, uma jogada ensaiada que o colocou em frente ao gol, mas disse ele, indagado ao final da primeira etapa, que a bola “deu uma escorregada”. Acabou também fazendo falta em Apodi dentro da área, pênalti marcado. Não foi dia do Marcos Guilherme brilhar. A “lei do ex” seguiu fazendo vítimas, e Reinaldo, emprestado, converteu sem chance pra Sidão e foi vaiado ainda mais pela torcida tricolor. Seguimos na campanha para que não volte em 2018, #ficaReinaldo, mas fica aí mesmo na Chape.
Com a pressão dos mais de 30 mil presentes, Dorival admitiu o erro e colocou Lucas Fernandes no lugar de Araruna na segunda etapa, que eu nunca reclamei, dando mais agilidade ao jogo e com boas cobranças de bola parada. A marcação da Chapecoense, aliada a falta de ideias do Tricolor, deixou a situação complicada. Eis que Gilberto aproveita um deslize de Jandrei e faz um esquisitíssimo gol diminuindo a vergonha pro nosso lado, 2×1. Um minuto de silêncio para fazer justiça aos que não estavam de luto.
ArboLENDA
Arbolenda, autor do segundo gol tricolor, e também responsável por esse ponto suado que conseguimos com o empate. Arrisco dizer que o equatoriano é o zagueiro típico do Tricolor. Zagueiro que traz a raça latino-americana no sangue e segurança pra equipe. Zagueiro alto na área é gol pro São Paulo. 2×2 para o clube do Morumbi. Minha simpatia por ele só cresce a cada jogo! Gol de zagueiro eu comemoro em dobro!
Hernanes
O São Paulo entrou com 22 pés e apenas um cérebro. Distribuiu a bola, protagonizou excelentes chutes a gol, impulsionou a equipe pra vitória, que, infelizmente, não veio dessa vez. Hernanes não se rende. Já não é de hoje que dizemos, favor construir uma estátua pra esse homem para que 2017 fique na história: o São Paulo reviveu graças a Hernanes e a torcida tricolor.
O luto é comumente tido como um ritual de respeito à passagem espiritual ou a morte, dependendo do que cada um acredita. Mas “luto” também é o verbo lutar conjugado na primeira pessoa. Vamos torcer para que o Tricolor assuma esse último significado e não deixe a boa sequência morrer. Vamos, meu Tricolor, que a jornada ainda não acabou!
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