26.01.2018
Postado por Roberta Pereira da Silva
Santos 2 x 1 Ponte Preta – R03 Campeonato Paulista 2018
Santos o time da virada, santos o time do amor, canto bem conhecido pelxs torcedorxs do peixe, mesmo xs que não frequentam o estádio. Confesso que na hora da empolgação, quando o time está perdendo, é fantástico entoar esta cantiga, dá uma impressão de que tudo vai mudar e que o Santos não será derrotado, entretanto, têm algumas partidas que nem a canção de alento dá resultado. Aliás, há partidas que nem um coral de um milhão de vozes faria qualquer diferença. Ontem, na partida contra a Ponte Preta, ocorreu exatamente essa situação.
Primeiro que o jogo foi com torcida única, tema inclusive do meu primeiro texto aqui na “bola”, só que na situação da Ponte, a instauração da torcida única conseguiu ser pior e mais bizarra do que já é. A torcida da macaca, indignada com o resultado do jogo que selaria seu rebaixamento e daria o ticket VIP para o inferno de Dante, como diria minha companheira de “bola”, invadiu o gramado, iniciou uma briga generalizada entre si, nas arquibancadas e ao redor do estádio. O rei pelado, diante da situação decretou “torcida única”, punindo assim, as torcidas visitantes. E a torcida da Ponte Preta, que protagonizou a confusão, pôde circular tranquilamente pela bancada. Vejam, não estou aqui defendendo punição, torcida única, entre outros subterfúgios bizarros de combate à violência no futebol. Só quero pontuar que, no final das contas, quem não pôde cantar Santos o time da virada, ou qualquer outro canto que o valha, foram as torcidas visitantes.
Nos restou o sofá, a mesa de um bar ou o rádio ao pé do ouvido. Nos retorcemos de agonia intensa, principalmente no primeiro tempo: a Ponte marcou aos 8 minutos numa falha coletiva de David, Vitor e Vanderlei. Não temos meio de campo, fato! O ataque composto por “Preguição” e Copete não acertava um passe. Arthur Gomes, que completa a parte ofensiva, fazia o que podia. Um fantasma chamado leseira rondava o time e me contaminava, meus os olhos pesavam de sono. Em compensação, a Ponta partia para o contra-ataque e assustou por várias vezes a equipe da baixada.
Além de time da virada, o Santos também é conhecido como o time dos Meninos da Vila. Rodrygo (17 anos), formado nas categorias de base, confirmou os dois títulos, fez seu primeiro gol na categoria profissional e garantiu a virada do peixe. Final de partida: Ponte Preta 1 Santos 2. Não é a primeira vez que o Santos começa o ano com discurso de que não possui recursos para a compra de jogadores, utiliza a sua base e se dá bem, para o alívio da torcida, que assiste de longe os times contratarem e reforçarem seus elencos para a temporada.
Para finalizar, a novela Gabigol teve um final feliz e o nosso outro “menino” está de volta, possivelmente sua estreia será no clássico contra o time da Turiassu. Próximo compromisso do Santos será neste domingo, às 19h30, contra o Ituano, e para a nossaaaa alegria… no Pacaembu.
Fotos de Ivan Storti (Flickr)/ Santos FC Oficial
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