São Paulo, Campeonato Paulista
29.03.2018
Postado por Jéssica Mendes
Corinthians 1(5) x (4)0 São Paulo – Semifinal do Campeonato Paulista 2018
A noite de ontem começou eufórica para nós são-paulinas (os) – fora aquela ansiedade de estar a um zero a zero da final – quando a partida teve início, com o tricolor intenso, propondo o jogo, marcando em cima e com um gás que há tempos não se via, o pensamento, acredito eu, que de 99% da torcida são-paulina foi de que não conseguiríamos manter aquele pique por 90 minutos. Era batata que aquilo não passaria dos primeiros 15 minutos e que tomaríamos pressão até sucumbir a uma goleada.
Mas… a equipe do São Paulo entrou em campo com uma postura diferente daquela dos primeiros jogos do ano, estávamos vivos, superior no confronto e nos reerguendo. Estávamos em uma equilibrada disputa por uma vaga na final de um torneio mata-mata, visto que há seis anos não disputamos a finalíssima de nada, havia bastante expectativa pelo desfecho desse Majestoso.
Contrariando as projeções de boa parte da imprensa, silenciando a torcida do clube mandante e reconstruindo os laços de confiança com seus próprios torcedores, a equipe do São Paulo Futebol Clube foi firme, segura, ligada e até irreconhecível se compararmos ao que foi apresentado no começo da temporada.
O empate estava a nosso favor e seguíamos combativos pelo segundo tempo afora, o ritmo frenético dos primeiros minutos não era o mesmo da etapa complementar, mas o jogo estava para nós. Tivemos chances, poucas, mas que decidiriam. Arboleda foi soberano na pequena área são-paulina, que zagueiro, que homem! Ganhou todas e mais um pouco. Mandou e desmandou. Perdi as contas de quantas vezes comemorei cada bola tirada para longe, mais uma vez o equatoriano fez a diferença.
Obviamente nem só de coisas boas vivemos, a começar pelo resultado com gol aos 47’ do segundo tempo – dolorido eu diria, e já anunciava o que estava por vir -, mas quero destacar as más atuações de Petros e Diego Souza. O primeiro rouba a bola e entrega nos pés do adversário no minuto seguinte, logo, não é lucro algum, pelo contrário. E já não é de hoje. O segundo, entra em campo, nos minutos finais, tem a oportunidade de jogar a pá de cal na grande impressora, mas não, como naquela fatídica Libertadores de 2012, tremeu diante de Cássio. Aliás, podemos dizer que há seis anos Diego Souza revelou o goleiro que até então era desconhecido para a maioria. Mas a gota d’água foi aquele pênalti sem vergonha. Puta que pariu!
Entretanto, com o perdão do trocadilho, o time do treinador Diego foi “aguerrido” e mostrou que pode ser muito, mas muito diferente daquela lesma apática que vinha sendo. Tanto que, nosso adversário na ocasião não poupou esforços para escalar seus titulares que supostamente não tinham condições de jogo ou que estavam do outro lado do planeta.
Não conseguimos segurar os três minutos finais dos acréscimos e não tivemos pontaria o suficiente na cobrança das penalidades, mas não fizemos uma semifinal desequilibrada como disseram alguns. O São Paulo mostrou que pode ser bem melhor do que a gente imagina e que tem condições de alcançar objetivos maiores na temporada.
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