30.04.2018
Postado por Patrícia Muniz
Atlético 1 x 0 Corinthians – R03 Campeonato Brasileiro 2018
O Horto já estava em estado de euforia antes mesmo de a partida começar e o clima no estádio passava a sensação de um jogo decisivo logo no início do campeonato. Nos corredores, a música de Beth Carvalho dava ritmo à festa. E foi assim, com o Independência lotado, que o Galo impôs seu jogo e foi para cima do time paulista. O Corinthians pressionava sem a bola e tentava diminuir os nossos espaços. Eles acreditavam mesmo que poderiam nos vencer nalgum contra-ataque, mas Gustavo Blanco e Adilson não deixariam que isso acontecesse. Blanco, mais uma vez, foi impecável e nos passou muita segurança na recuperação da bola. Esse conquistou a titularidade e não solta mais.
A festa estava maravilhosa, o time seguro em campo e cada vez mais perto da meta de Cássio. Otero carimbou o travessão em cobrança de falta e deu muito trabalho ao goleiro corinthiano. O venezuelano cobrou escanteio, a bola desviou e Roger Guedes a empurrou para o gol. O placar finalmente representaria o que estávamos vendo em campo. O Atlético merecia essa vitória, mas o juiz Dewson Freitas estava decidido a acabar com a nossa alegria. Mesmo depois de amarelar Cássio e correr para o centro do campo, o árbitro voltou atrás quase dois minutos depois e anulou o gol por um suposto toque de mão de Ricardo Oliveira. Aparentemente não sabem a diferença entre bola na mão e mão na bola – ou não se importam.
Nessas horas, não faz diferença se os clubes vetaram o uso do árbitro de vídeo para este Campeonato Brasileiro. A CBF não quis arcar com os custos da tecnologia e jogou a responsabilidade para os times, que recusaram. Mas nada disso importa quando tem jogo contra o Corinthians, pois, se for necessária interferência externa para evitar uma derrota da equipe paulista, assim será feito. E fizeram. Estávamos jogando, então, contra o vento, a arbitragem e o que mais viesse.
O desânimo diante de uma arbitragem claramente parcial não podia tomar conta da nossa equipe. E assim a massa chamou para si a responsabilidade de empurrar o time e dar uma motivação para continuar a entrega dentro de campo. O segundo tempo veio enérgico, soltamos o grito da garganta e ninguém podia ficar parado. O time entrou ligado e não deixou que a arbitragem tirasse a vitória do foco. Dominamos o jogo e mostramos que não desistiríamos tão fácil.
Foi assim, na raça, que a vitória chegou aos 41 minutos do segundo tempo. O contestado Patric se esforçou para não deixar a bola sair na linha de fundo e conseguiu cruzá-la na área. Roger Guedes abriu o peito para colocar a bola no fundo do gol. Depois de muita pressão atleticana em campo e nas arquibancadas, fomos recompensados. E, do inferno ao céu, Roger Guedes vive grande momento. Depois de um início questionável sob o comando de Thiago Larghi, o Galopsita tem estufado as redes e reconquistado a confiança da massa atleticana.
E se tem uma coisa boa na vida corneteira é o tal de queimar a língua. Ricardo Oliveira, no auge dos seus 37 anos, corre mais que muito menino. Marca, prende a bola, puxa a marcação, orienta os companheiros. O pastor fez mesmo as pazes com deus, está jogando muito e queimando bastante a minha língua. Que assim continue – amém.
Uma vitória importante para dar moral ao time, que precisa mesmo de uma boa sequência. Jogamos contra tudo e contra todos, mas não nos abaixamos. Uma vitória na raça com a marca do Galo.
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