Atlético Mineiro, Campeonato Mineiro
03.04.2018
Postado por Marina de Mattos Dantas
Atlético 3 x 1 Cruzeiro – Final do Campeonato Mineiro 2018
Do jeito que queríamos e bem melhor do que esperávamos. Talvez esse seja o resumo do jogo. Antes mesmo da partida começar, subindo a ladeira rumo ao Independência, era possível ver que nem mesmo o céu estava imparcial naquela tarde de domingo.
Eu esperava, sim, uma vitória. Um jogo de placar pequeno, em uma partida de lentidão absurda, não somente pelas dificuldades que nosso querido Galo anda enfrentando, mas também pela falta de ânimo do time de Monótono Menezes, que, sabíamos, jogaria sentado em cima da vantagem adquirida no campeonato.
E, no início, era essa monotonia que se desenhava em campo. Tal qual no primeiro clássico desse ano, tanto o Galo quanto o seu oponente não se arriscavam muito. A diferença é que, dessa vez, não houve apagão da defesa atleticana (para a saúde de nossos corações), e o Galo Doido pôde, finalmente, despertar.
Nesse início de ano temos contado com a persistência de Adilson e Otero em continuar segurando o time, apesar dos pesares. E o que vimos ontem? Adilson e Otero persistindo, mais uma vez. Porém, dessa vez, encontrando ressonância no ataque, até então adormecido.
Aquele gol de canela de Ricardo Oliveira me lembrou os tempos de Jô e de um Galo sem muitas frescuras e pregações no ataque. Era o gol que precisávamos para adicionar mais determinação à partida. Em questão de minutos, de costas, o guardião da nossa defesa, Adilson, desviou com a cabeça o escanteio cobrado por Otero, encontrando um bequinho na área pela qual a bola fez o seu caminho até a meta. O terceiro gol, novamente de Ricardo Oliveira, selou o placar antes mesmo do final do primeiro tempo. Tudo estava resolvido, não importa o que veio depois.
No mais, vimos Patric driblar (!) e Larghi até aproveitar a vantagem para fazer novas experiências com Yago e Arouca. A tranquilidade tomou conta do Poleiro do Galo por alguns instantes. A confiança no ataque rendeu a confiança na defesa (e como carece de confiança esse time…). Tudo parecia lindo e era como se o presidente do clube tivesse sumido e parado de falar besteiras por aí.
E foi jeito que a gente gosta, fizemos o caldeirão ferver! Pegamos o regulamento debaixo do braço do rival burocrata e improvisamos nossa festa de papel picado.
Quanto ao título, não há nada garantido, claro. Mas o que importa nesse momento é que tivemos uma bela e nublada tarde de domingo. Conseguimos um bom encaminhamento para resolver essa parada lá no nosso Salão de Festas, que, ainda que estejamos lá em menor número, não deixa de ser também a nossa casa.
E seguiremos contra os favoritismos estatísticos e burocráticos! Contra o vento e o que mais vier.
Ler mais da Marina de Mattos Dantas
Ler mais do Campeonato Mineiro