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23.04.2018

Postado por Colaboradoras

A razão de um bando de loucos

Corinthians 4 x 0 Paraná – R02 Campeonato Brasileiro 2018

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Que a verdade seja dita: a dedicação e criatividade que faltou ao time do Paraná dentro de campo na manhã deste domingo diante do Corinthians, sobraram ao seu Departamento de Marketing nos dias que antecederam a partida. Com a frase “loucura é ser paranista”, o clube produziu um pequeno roteiro para provar que a insanidade de torcer para o Paraná é muito maior que a nossa. A campanha afirmava que a loucura corintiana era apenas promovida por grandes conquistas e de uma maior exposição na mídia. O movimento foi embalado pela tag #VAISERLOKO, presente na maioria das postagens nas redes sociais do clube.

Embora me sinta no dever de deixar aqui os parabéns a todos os envolvidos na produção da campanha, muito bem feita por sinal, deixo também um convite para que se aprofundem um pouco mais em nossa história, nem sempre acompanhada por títulos (1954-1977 que o diga), e regada por uma exposição midiática sim, mas exposição essa que desde 1910 não mede forças para tentar depreciar de forma incansável nossas conquistas.

Mas por um lado eles até que tinham razão: Foi louco mesmo…

Às 11 da manhã, corinthianos marcavam presença nas arquibancadas do Estádio Durival Britto e, por sua vez, outros já estávamos acordados e de olhos bem abertos diante da TV ou de ouvidos atentos diante do rádio para ouvir o Coringão defender a liderança do Brasileirão, da qual se apossou no ano passado e até agora não largou. Mas a equipe alvinegra dos primeiros 15 minutos parecia ainda despertar.

Felizmente falamos do Corinthians, o time que há muito tempo ratifica incansavelmente seu poder de neutralizar com eficiência as tentativas de ataque do adversário e, principalmente, de decidir uma partida em apenas um ou dois lances, de maneira letal (ou Vital, como preferir).

Dessa vez não foi diferente: suportamos com maestria a pressão inicial do time paranaense. Com 15 minutos de jogo, o Corinthians não havia sequer assustado Richard, o goleiro da equipe mandante. Em contrapartida, Cássio já havia feito uma importante defesa num chute cruzado de Raphael Alemão.

Mas quem aqui vai ser Louco de duvidar da insanidade do time paranaense? De volta à série A depois de 10 anos, eles pareciam não tomar conhecimento de que a falta de pontaria contra o mortal e eficiente Corinthians é realmente uma loucura! E que não aproveitar os seus 15 minutos de superioridade na partida era realmente uma prova de insanidade mental. E cá entre nós, somente um louco deixaria Rodriguinho livre de marcação dentro da área para abrir o placar. Foi assim que com apenas dois ataques agudos e em apenas 2 minutos (24 e 26 minutos da etapa inicial) abrimos 2×0 com Rodriguinho e Sidcley. E que gol do Sidcley!

Na volta do intervalo, diante de um adversário louco, porém nocauteado, parecia que não investiríamos grandes esforços para ampliar o placar. Mas aos 34 minutos da segunda etapa, Fagner cruzou da direita e Clayson escorou para dentro do gol… 3×0 Coringão!

A partir daí, o Corinthians, muito tranquilo, ainda conseguiu transformar a vitória em goleada, quando aos 40 minutos Clayson pedalou do lado esquerdo da área e rolou a bola para trás. Gabriel dominou e num chute mascado acertou o canto direito do goleiro paranense.

Enquanto as arquibancadas da Vila Campanema se incendiavam com loucos de todos os lados, em campo assistíamos o mesmo Corinthians de sempre: consciente, concentrado, inteligente, racional e ligado o tempo inteiro. Um time trabalhado na razão, mas movido por um bando de loucos!

 

Por Tatiane Araújo

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