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09.04.2018

Postado por Caroline Araujo

Não esqueçam: O Palmeiras é gigante

Palmeiras 0(3) x 1(4) Corinthians – Final do Campeonato Paulista 2018

Desolação seria pouco pra descrever o que eu sinto, o que milhares de palmeirenses sentem desde a tarde de domingo. Uma derrota no último jogo da final do Campeonato Paulista contra nosso maior rival, o Corinthians e, o pior, em nossa casa. É revolta por deixar o título escapar, por ver, mais uma vez, o vexame da arbitragem… é tristeza por tirar a mão (ou por terem tirado) nossa que já estava na taça e deixar o Corinthians a erguer. Nada descreve.

Paulo Whitaker/Reuters

Paulo Whitaker/Reuters

Não vou martelar em cima do jogo, gritar que não seguramos a vantagem construída na primeira partida. Esbravejar contra a arbitragem vem se tornando rotina para mim… Não seria exagero falar que, na maioria dos jogos, o Palmeiras foi prejudicado pelos árbitros (principalmente em jogos contra o Corinthians). Como aceitar a demora da arbitragem ao mudar de decisão sobre o pênalti sofrido pelo Dudu? Como aceitar o posicionamento do quarto árbitro que estava distante da jogada e, coincidentemente, próximo à área técnica do Corinthians, em demorar mais de dois minutos para alertar o árbitro principal? A postura da arbitragem abre espaço para diversas interpretações, gera dúvidas.

César Greco/Ag Palmeiras

César Greco/Ag Palmeiras

É claro, após analisar todas as imagens se vê que não foi pênalti e não é sobre isso que fico indignada, não quero levar para casa um título manchado por erros ou favorecimentos. É sobre a postura do árbitro de marcar penalidade máxima e, após espantosos sete minutos, voltar atrás. Quando um lance gera dúvidas, o que se tem a fazer é tirar a tal dúvida imediatamente com a equipe de arbitragem, não após alertas (interferências, talvez) e gritos de jogadores. Não houve pênalti, mas a postura da arbitragem foi vergonhosa. Como aceitar o que vivemos? Para onde esta caminhando o futuro do futebol? Com pesar informo que não sei, mas que o futuro é pessimista.

Preparamos a casa para o rival fazer a festa… e como isso dói. Doeu nos milhares de Palmeirenses que encheram o Allianz Parque e saíram de lá sem acreditar no que viam. Doeu igualmente nos outros tantos palmeirenses que, de casa, trocaram o canal da TV pra não ver a comemoração corinthiana… Comemoração que estava tão próxima de nós e que escapou pelos nossos dedos.

Nelson Almeida/AFP

Nelson Almeida/AFP

A torcida que canta e vibra se calou, incrédula, diante de fatos tão controversos. Nos calamos, choramos, xingamos, xingamos muito, mas não perdemos o amor por essa camisa verde e branca, por essa história que nos enche de orgulho e nos mostra o quanto precisamos ser resilientes. Em momentos como esse é necessário dar uma pausa, olhar para trás e ver o quanto crescemos, quantas vezes erguemos a cabeça e mostramos nosso real valor. O Palmeiras nasceu da adversidade, não nos queriam Palestra, em 1942, morremos e renascemos campeões. Quantas vezes fomos colocados em prova e mostramos o verdadeiro valor da Família Palmeiras? Foi assim em 1942, foi assim em 2002 e 2012 diante do rebaixamento, foi assim em 2014 ao passar uma campanha incrédula e garantir a vaga na série A apenas no último jogo do Campeonato Brasileiro. Foi assim em tantos outros jogos que não ganhamos, em tantos outros títulos que não levamos pra casa… e nós estávamos lá! Estávamos la na arquibancada, no sofá de casa, nas ruas de cada canto do Brasil, por vezes desacreditados com o futebol, mas sempre exaltando o que nos faz passar por toda adversidade e ainda assim continuar lá: o nosso Palmeiras.

Assim, como tantas vezes, estávamos lá ontem e estaremos onde o Palmeiras estiver. Há muita coisa pela frente… Assim como o mundo não se resume ao nosso quintal, o nosso futebol não se resume ao Campeonato Paulista. Agora e sempre, avante, Palmeiras!

 

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