14.05.2018
Postado por Patrícia Muniz
Atlético-PR 1 x 2 Atlético – R05 Campeonato Brasileiro 2018
A última semana não foi nada fácil para o torcedor atleticano. Como se não bastasse o empate frustrante contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, nossa diretoria optou por menosprezar uma competição internacional que nenhum torcedor dispensaria o caneco. Entraram em campo contra o San Lorenzo, em casa, com o time quase totalmente reserva e não saíram do zero a zero.
A eliminação veio como consequência da irresponsabilidade da atual gestão do Atlético, que piorou ainda mais a situação ao declarar que a Copa Sul-Americana não interessava por se tratar de uma segunda divisão da Libertadores. Além de esbanjar arrogância e soberba, o presidente demonstra um péssimo ou simplesmente ausência de planejamento. Afinal, para o jogo de ida, na Argentina, o time titular estava em campo e a vitória nos interessava. O que mudou, afinal? Nem torcedores, nem setoristas entenderam a decisão. Se o desgaste de uma temporada extensa e o cuidado com o condicionamento físico fossem os argumentos para abrir mão de uma competição, talvez o torcedor entendesse melhor a situação, mas o que aconteceu passou longe disso.
E ainda fica o questionamento sobre a efetivação de Thiago Larghi. O treinador, apesar do bom trabalho que vem desenvolvendo com o time, ainda está à mercê do pouco profissionalismo da diretoria e terá que esperar a Copa do Mundo para saber se terá o justo reconhecimento da efetivação no cargo.
E foi assim que a quinta rodada do Campeonato Brasil veio, com a urgência de uma vitória que reaproximasse time e torcida. O primeiro tempo, porém, mostrava que essa não seria uma batalha fácil. O Galo começou acanhado, sem conseguir sair do próprio campo e acabou sendo dominado pelo time da casa. Até tivemos chance de abrir o placar com uma cabeçada do Gabriel, mas parou em grande defesa do goleiro adversário. A equipe se colocava muito dependente do Gustavo Blanco para criar jogadas e, por vezes, parecia um tanto desorganizado.
No escanteio cobrado na primeira trave, ninguém subiu para cabecear junto com o Pablo e o time paranaense abriu o placar na arena. Jogaríamos pela virada mais uma vez. Victor foi o grande nome do primeiro tempo e evitou que o time do Paraná fosse para o vestiário com grande vantagem. Assim, antes de findar a primeira etapa, Larghi decide colocar Cazares no lugar de Otero e Elias no lugar de Luan. Acredito que buscava uma marcação mais sólida no meio campo, com três volantes de origem.
A conversa no vestiário foi certamente muito produtiva. No segundo tempo, o Galo foi pra cima e, logo nos primeiros minutos, Roger Guedes bateu forte, forçou o goleiro Santos a fazer grande defesa e conquistou escanteio. Cazares bateu na medida necessária para o Bremer deixar tudo igual no placar. O jogou mudou a partir daí, adiantamos a marcação e o domínio foi nosso. Novamente, o time fez dois tempos bem distintos.
Após lançamento de Cazares, com grande visão de jogo, o goleiro paranaense saiu da área e cabeceou a bola. Ele não contava que ela caísse exatamente na cabeça de Roger Guedes, que inteligentemente já mandou direto para as redes e selou a virada do Galo Doido, na Arena da Baixada. Depois de amargar a corneta da torcida, Roger Guedes caiu de vez nas graças da massa atleticana.
O resultado veio, mas o torcedor ainda pode ficar na bronca com o time. Foram muitas as oportunidades claras de gol que perdemos e, como já é sabido, isso pode fazer falta lá na frente e poderia ter complicado a nossa situação nesse jogo desnecessariamente. Para além das falhas no momento da finalização, percebe-se um impulso por resolver o jogo individualmente, em detrimento de aproveitar o melhor posicionamento dos companheiros e fazer valer as jogadas coletivas. Felizmente, dessa vez, não fomos castigados com o empate.
Podemos dizer que a vitória veio como luva e trouxe um alívio imediato.
Fotos: Bruno Cantini/Atlético
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