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27.07.2018

Postado por Patrícia Muniz

Vitória da massa

Atlético 2×0 Paraná – R15 Campeonato Brasileiro 2018

E foram para a conta da massa, novamente, os três pontos conquistados. Pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Atlético venceu o Paraná por 2 a 0, no estádio Independência, em noite de casa cheia.

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Depois de sofrer duas derrotas no retorno do Brasileiro, a diretoria atleticana investiu em quem realmente pode mudar a situação: o torcedor. Foram milhares de ingressos distribuídos em promoções e um preço em conta para o sócio torcedor – para o torcedor comum ainda pode pesar no bolso. É estratégico para o Galo levar a massa para apoiar o time no campo. Isso deve ser cada vez mais incentivado, mas não como promoções esporádicas, em que esse décimo segundo jogador vindo das arquibancadas é lembrado apenas quando a situação não vai bem. Precisamos de casa cheia sempre, jogo após jogo, na vitória ou na derrota.  

Não temos grandes expectativas sobre um elenco que parece estar em início de temporada. Com a parada da Copa, foram cinco titulares perdidos. Cinco novos nomes na escalação entre o jogo antes e depois da Copa do Mundo. Entre os reservas, mais mudanças também. Diante dos resultados ruins, a diretoria não assumiu as escolhas e acordos ruins que fez e tenta desviar a culpa para coadjuvantes dessa história. Em uma relação verticalizada entre clube e torcedor, pouco se sabe sobre os contratos assinados e os verdadeiros números que temos. E, nesse vai e vem de jogadores no meio do ano, o torcedor fica perdido e o time tem que aprender a cada rodada um novo entrosamento.

Só hoje tivemos notícias sobre o destino do Cazares. O que estão fazendo com ele é um grande absurdo. Deixam o jogador na geladeira, sem saber se será aproveitado ou se deixará o clube, enquanto dentro de campo pesa a falta de um camisa 10. Enchem-no de críticas moralistas que passam longe da análise sobre o seu futebol, mas esperam dele regularidade e atuações brilhantes em todos os jogos. Agora, sabemos que Cazares vai ficar no time e eu espero muito que a torcida e a diretoria percebam a injusta que estão cometendo e valorizem o talento do equatoriano, sem uma pressão tão desproporcional.

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Diante do Paraná, conseguimos não sofrer gols e Leonardo Silva mais uma vez mostrou que, apesar de seus 39 anos, segue sendo o nosso melhor zagueiro. Não compartilho a corneta em cima do Gabriel, muito sobre o Juninho. O próprio Roger Guedes, que já deixa saudades, foi bastante criticado no início. Gabriel é novo e, como todos que passam pela base atleticana reclamam, não está sendo perdoado pela má fase. No início do ano passado, Gabriel cobriu a má fase de Fábio Santos, que acabou crescendo muito durante a temporada. Esse ano, o menino de Pedro Leopoldo não vem tendo boas atuações e comprometeu o resultado algumas vezes, mas acredito ser apenas uma fase ruim. Juninho falhou logo em seu segundo jogo e a torcida, que já está insegura com o setor defensivo há um tempo, também não perdoou. 

É um comportamento sintomático nos últimos anos. O atleticano vive a flor da pele e, muitas vezes, não consegue enxergar além do resultado imediato. Perdemos vários titulares de um time que sofria muitas críticas. Hoje, valorizamos o que o time tinha de bom, mas à época só se via falhas e cornetas. No jogo dessa quarta à noite, passamos longe de uma grande atuação, mas aproveitamos as oportunidades dadas, conseguimos não sofrer gols e somamos mais três pontos. Um passo de cada vez para o time que ainda está se formando.

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Fotos: Bruno Cantini

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